Todo o rondoniense já ouviu falar muito do Vale do Guaporé, mesmo sem nunca ter estado lá. Existem muitas imagens mostrando o um santuário natural, com muitos rios lindos, florestas, animais e aves.
No século XVIII, ali foi construído uma das edificações mais lindas de Rondônia, além de ser um dos seus símbolos: Forte Príncipe da Beira.
Ainda há um “quê” a mais, que são as tradições culturais e religiosas que sobrevivem aos séculos. Tudo surgiu por mãos de índios, quilombolas e ribeirinhos que resistem ao tempo às margens do belo Rio Guaporé.
Recentemente, circulou uma lenda que o Forte Príncipe teria um portal para Ratanabá - Foto: Cleris Muniz
Lenda
Nos últimos dias, uma teoria da cidade perdida na Amazônia começou a circular nas mídias sociais, depois que os pesquisadores da Dakila Ecossistema informaram que através de um estudo conseguiram descobrir em Costa Marques, cidade importante do Vale do Guaporé, uma galeria e túneis que interligam a Ratanabá, cidade perdida.
Segundo a teoria a cidade foi à capital do mundo há mais de 450 milhões de anos e fundada pelos Muril, civilização considerada a primeira a habitar a Terra há cerca de 600 milhões de anos.
A teoria diz que cidade de Ratanabá conta que os Fortes encontrados na Amazônia são interligados pelos túneis subterrâneos e possuem passagens que ligam ao mundo inteiro.
Forte Príncipe não tem portal, mas tem vista e detalhes que fazem dele um dos símbolos do estado - Foto: Cleris Muniz
Infelizmente, o historiador com especialidade em Arqueologia da Amazônia, Lourismar Barroso, divulgou que o fato não é verdade.
“Não existe qualquer evidência ou possibilidade de haver um túnel que liga o nada a lugar nenhum. Há 22 anos venho me dedicando aos estudos e pesquisas dessa fortificação militar do século XVIII. Tenho pesquisado e estudado várias fortificações do Brasil, todas elas com detalhes em suas construções, algumas podemos dizer que possa ter uma passagem secreta, uma espécie de caminho de fuga, porém, ao Principe da Beira não foi possível tal estrutura”, falou ele.
Um dos vários "furos" que o Rio Guaporé esconde, mas que mostram belezas peculiares da região - Foto: Cleris Muniz
De encher os olhos
Por outro lado, durante o final de semana, veremos o vale pelas lentes do repórter-fotográfico Cleris Muniz com todas as suas facetas e encantos: do Real Forte Príncipe da Beira, passando pelo Rio Guaporé e seus habitantes.
Cleris passou uma semana na região e divide com o
Rondoniaovivo as belezas que ele registrou e divide gentilmente com todos os internautas do jornal eletrônico. Aproveite, divirta-se, relaxe e viaje sem sair de casa.
Confira as fotos abaixo:
Canhões do Forte Príncipe da Beira ainda resistem ao tempo; Armas poderiam ser usadas em caso de invasão - Foto: Cleris Muniz
Visão da entrada dos visitantes ao Forte Príncipe da Beira; Detalhes do século XVIII estão presentes no sítio histórico - Foto: Cleris Muniz
Várias canoas encostadas em um pequeno porto próximo ao Rio Guaporé - Foto: Cleris Muniz
Floresta e água se misturam formando um mosaico de cores e beleza no Vale do Guaporé - Foto: Cleris Muniz
Apesar de muitos locais ainda alagados, as flores resistem e também dão seu toque de leveza - Foto: Cleris Muniz
Pressa? Pra quê? Aqui é o rio quem dá o ritmo da vida para humanos e animais, sempre atentos - Foto: Cleris Muniz
Saúde sempre tem pressa; para isso, existem as ambulanchas que usam as estradas de água para levar e trazer pacientes - Foto: Cleris Muniz
Paisagens com muitas aves: cenas corriqueiras ao navegar no Guaporé - Foto: Cleris Muniz
Comunidade quilombola de Pedras Negras, próximo ao município de São Francisco do Guaporé - Foto: Cleris Muniz
Boto fazendo charme para as lentes do repórter-fotográfico Cleris Muniz
Cais em Costa Marques parece não ter mais vaga para "estacionamento" de voadeiras e canoas - Foto: Cleris Muniz
Em frente a Costa Marques, a cidade boliviana de palafitas chamada de Buena Vista - Foto: Cleris Muniz
Bolivianos também usam o rio para fazer compras do lado brasileiro - Foto: Cleris Muniz
Comunidade boliviana de Versalhes também mostra identidade no Vale do Guaporé - Foto: Cleris Muniz
Ocas ou casas de moradores? Bolivianos construíram casas de madeira às margens do Rio Guaporé, em Versalhes - Foto: Cleris Muniz
Fazenda Pau D'Óleo, famosa pela criação de búfalos, também fica às margens do Guaporé - Foto: Cleris Muniz
Aves já voam em busca de novas paragens próximas a Fazenda Pau D'Óleo - Foto: Cleris Muniz
Flores coloridas surgem no meio da vegetação aquática, dando mais leveza ao cenário - Foto: Cleris Muniz
Garça sempre atenta ao movimento de embarcações que sobem e descem o Guaporé em busca das belezas naturais - Foto: Cleris Muniz