EM VILHENA: Vereadora quer proibir novos loteamentos por 6 anos

Vereadora é casada com um ex-vereador preso por extorquir empresários

EM VILHENA: Vereadora quer proibir novos loteamentos por 6 anos

Foto: Divulgação

Alegando uma suposta “exorbitante expansão desordenada”, a vereadora vilhenense Clerida Alves (Avante), quer proibir novos empreendimentos imobiliários na cidade pelos próximos seis anos. Ocorre que Clerida é casada com o ex-vereador Carmozino Alves Moreira, que perdeu o mandato em 2017 após ter sido preso por supostamente participar de um esquema de aprovação de loteamentos na cidade, mediante recompensa. Para os loteamentos serem aprovados, de acordo com as investigações, Carmozino e os vereadores Ângelo Mariano Donadon Junior (PSD) e Vanderlei Amauri Graebin (PSC) recebiam terrenos e quantias em dinheiro.

 

Eles foram cassados em junho de 2017, por unanimidade pela Câmara de Vereadores. Carmozino, havia sido empossado em janeiro daquele ano quando estava preso. Com direitos políticos cassado, Carmozino lançou a esposa, que foi eleita com pouco mais de 800 votos.

 

O projeto que prevê a proibição de novos loteamentos já está causando uma série de problemas na cidade, desde que foi apresentado. A construção civil é o setor que mais emprega no Brasil, e de acordo com o Sebrae, em Vilhena, cidade com pouco mais de 90 mil habitantes, representa pouco mais de 3,3% dos empregos formais.
 
 
Entre as empresas de pequeno porte, MEI e médio porte, a construção civil chega a 8%, ainda segundo o Sebrae.
 
 
A vereadora é uma das aliadas mais próximas do prefeito, Delegado Flori e seu marido, o ex-vereador Carmozino Alves, do atual Secretário Municipal de Terras, Mauritani Ribeiro Vieira, que aparece como sócio-administrador da empresa MRV Participações LTDA, sediada em Vilhena que tem entre suas mais de 40 atribuições, serviços de terraplanagens e Construção de redes de abastecimento de água, coleta de esgoto e construções correlatas.
 
 
Em contato com PAINEL POLÍTICO o secretário negou qualquer relação com o casal, “minha empresa está com as atividades suspensas aqui em Vilhena, e eu discordo totalmente desse projeto que é inconstitucional. Nós demos início ao projeto do Plano Diretor e suspendemos por um prazo de 90 dias o lançamento de novos empreendimentos, mas apenas neste período”, esclareceu.
 
 
“Em nenhum momento foi consultado pela vereadora em questão ou por qualquer outra pessoa sobre a questão da suspensão de loteamentos. Essa falta de diálogo prejudica a compreensão completa das nuances envolvidas nesse tema delicado“.
 
 
O secretário ainda se declarou totalmente favorável a novos empreendimentos, “por mim loteava 100% da cidade, conforme determina a lei. Não tenho qualquer relação ou interesse sobre este assunto“, afirmou Mauritani, e concluiu, “minha visão pessoal difere da vereadora em relação à suspensão de empreendimentos. Acredito que a liberdade econômica é essencial para o progresso de nossa cidade, e é importante considerar o contexto legal e as necessidades da comunidade ao tomar decisões sobre loteamentos e empreendimentos“.
 
 
O projeto de lei da vereadora interessa apenas a ela e aos negócios do marido, já que com a proibição de novos empreendimentos, eles vão zerar os estoques dos atuais loteamentos, os quais eles tem participação.
 
 
 
A vereadora apresentou o requerimento para votação do projeto com pedido de urgência, no final de julho deste ano, mas ainda não foi para votação. 
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