REAÇÃO: Prefeito de Vilhena tenta minimizar investigação da PF

Objeto das investigações é o mesmo do pedido de CPI, feito pelos professores

REAÇÃO: Prefeito de Vilhena tenta minimizar investigação da PF

Foto: Divulgação

O prefeito de Vilhena, Delegado Flori, que também integra os quadros da Polícia Federal, e elegeu-se exatamente por conta das operações que comandou na região, agora é alvo de uma investigação pelo contrato com a Santa Casa de Misericórdia de Chavantes, empresa que assumiu a terceirização da gestão de saúde da cidade.
 
 
O contrato, que custa pouco mais de R$ 8 milhões aos cofres do município, estaria inviabilizando outros projetos e até os reajustes dos salários dos servidores, como é o caso dos educadores que chegaram a fazer uma greve de 10 dias requerendo 14,9% de aumento, previstos no PCCR da categoria. Até mesmo o projeto do plano diretor de Vilhena ficou ameaçado, já que o orçamento disponível era de R$ 50 mil, que foi ‘capturado’ pelo prefeito para honrar o pagamento com a Santa Casa.
 
 
Na verdade, Flori não tem a menor ideia do que é administrar uma cidade, e o contrato absurdo com a Santa Casa comprova isso. Bastava ele assumir, de fato, o gerenciamento do município, montar uma equipe eficiente, que os R$ 8 milhões não precisariam ser repassados para uma entidade privada, que é uma empresa e como qualquer outra, visa o lucro, e não o social. Sem contar que a entidade é sediada fora de Rondônia.
 
 
Após a divulgação de um ofício da Polícia Federal solicitando informações do Tribunal de Contas do Estado sobre o contrato, o prefeito tentou minimizar a abertura do inquérito, afirmando ‘ser normal após uma denúncia’. O que não é normal é um delegado estar tendo que dar explicações sobre um contrato altamente complicado. Se ele estivesse na condição de investigador, certamente teria outro ponto de vista sobre o caso.
 
 
Desde que a greve dos professores foi encerrada por força de uma liminar que determinou o retorno de 80% à sala de aula, na semana passada, que sindicato e educadores tem buscado os vereadores para pedir a abertura de uma CPI que analise as contas do município para tentar identificar o que está acontecendo, afinal, o ex-prefeito Eduardo Japonês afirma ter deixado recursos em caixa, e o dinheiro está ‘sumindo’. Para abertura, é necessário a assinatura de 5 vereadores no mínimo, sendo que 4 já assinaram, Professora Vivian, Samir Ali (presidente da Câmara), Ronildo Macedo e Clérida Alves.
 
 
Os demais, sabe-se lá por qual motivo, estão enrolando ou recusaram a assinar como os vereadores Zé Duda, Wilson Tabalipa, Toninho Gonçalves, Sargento Damassa, Zeca da Discolândia. Pedrinho Sanches preferiu não se manifestar. Dhonatan Pagani disse que não teve tempo de ler o requerimento, que está disponibilizado pela vereadora Vivian no grupo de Whatsapp dos vereadores desde a semana passada.
 
 
Fato é que a investigação da PF deve render dores de cabeça ao prefeito, e possivelmente aos vereadores. Também é fato de que integrar as fileiras da PF não é nenhum ‘salvo conduto’, vez que a corporação costuma ‘cortar a própria carne’ para evitar manchas no nome da instituição.
 
 
O contrato, até onde se sabe, está dentro da normalidade, ocorre que a escolha da entidade não. A situação da saúde em Vilhena não estava catastrófica, a ponto de ser feito uma contratação vultosa sem um processo licitatório. Além do mais, pesam fortes suspeitas sobre as relações pessoais do prefeito com a entidade, repito, fosse ele quem estivesse investigando, sua visão sobre este contrato seria bem diferente.
 
 
Não se trata apenas dos professores, e sim da saúde financeira do município. Se Flori não precisasse passar quase um ano dando explicações sobre essa lambança, teria tido tempo de elaborar projetos, captar recursos para melhoria do sistema de saúde sem precisar precarizar outras áreas da cidade. Cabe aos vereadores fiscalizar e chamar para si a responsabilidade da fiscalização. Se omitir em relação a isso é criminoso e irresponsável. Sem contar que a principal queixa dos que assinaram o requerimento é de que a prefeitura, quem diria, está sonegando informações financeiras mesmo diante de diversas solicitações.
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