RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO: Sonho do almoço barato na Unir vira angústia: 'esperamos há 10 anos'

Alunos temem outra demora na aquisição dos equipamentos e contratação da mão de obra

RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO: Sonho do almoço barato na Unir vira angústia: 'esperamos há 10 anos'

Foto: Divulgação | Prédio do Restaurante Universitário da Unir demorou 10 anos para ficar pronto

O sonho do almoço mais barato é um peso que os acadêmicos da Universidade Federal de Rondônia (Unir) carregam há mais de 10 anos. O prédio do Restaurante Universitário (RU) do Campus Porto Velho já foi entregue, mas agora faltam equipamentos e contratação da mão de obra para o começo da operação.
 
Em uma publicação nas redes sociais, no último domingo (15), o Diretório Central dos Estudantes da Unir (DCE-Unir) fez sérias cobranças à reitoria da universidade.
 
Já que a primeira etapa foi concluída há 2 meses, como está a aquisição dos equipamentos?? Esse discurso das “etapas” não se sustenta. Os equipamentos já podem ser comprados, e a contratação já pode ser planejada com base na demanda estudantil. Isso é preguiça ou incompetência? Cadê a fiscalização do serviço público? Se vocês acham que esperaremos mais 10 anos por um direito básico estudantil, estão muito enganados”, diz um trecho da nota divulgada.
 
A Unir dividiu a entrega total do restaurante universitário em três etapas: conclusão do prédio, aquisição de equipamentos mobiliário e a contratação da prestação de serviço para a preparação dos alimentos.
 
Prédio foi concluído em abril deste ano, segundo a Unir | Foto: Divulgação
 
A primeira etapa durou cerca de 10 anos. Foram anos de sofrimento para a conclusão do prédio. A Unir justifica essa demora em uma série de problemas.
 
“Os seguidos adiamentos se deram em função de dificuldades das empresas vencedoras das concorrências públicas em entregar o serviço. Houve atrasos, formalmente questionados pela universidade, e até mesmo a falência de uma das empresas durante este período”, diz a instituição.
 
R$ 14,50
 
Mas para quem vive diariamente no campus e de forma integral, esses problemas são desculpas. O que eles querem é a resolução da situação de uma forma rápida e digna, que  atenda a toda a comunidade universitária.
 
A cantina que tem aqui é muito cara. O prato feito custa R$ 14,50 e vem pouca comida. Eu comi uma vez lá e já desisti”, comenta Lucas Silva, acadêmico de medicina.
 
Cardápio do almoço na cantina da Unir | Foto: Arquivo pessoal
 
Ainda segundo o estudante, mesmo levando comida de casa, os alunos enfrentam outro desafio. “O problema é para esquentar a comida. Nós acadêmicos nos reunimos e compramos um micro-ondas que fica lá na sala de convivência, mas para conseguir esquentar é ruim porque gera uma fila enorme, já que são muitos alunos”, relata.
 
Medo da demora
 
Agora, os acadêmicos temem outros longos 10 anos para o funcionamento total do restaurante. Segundo o DCE, a Unir não aplicou no seu orçamento atual a compra desses materiais.
 
No Plano Anual de Custos de 2022, não consta qualquer estrutura para cozinha universitária, como caldeiras industriais, mesas e outros materiais imprescindíveis. Todo esse orçamento deve ser revisto imediatamente, para que sejam incluídos todos os materiais, estruturas e o pessoal necessário para o funcionamento do RU”, diz o DCE.
 
Restaurante universitário de Porto Velho | Foto: Divulgação
 
No início deste mês, uma equipe da Unir foi até a Universidade Federal do Vale do Rio São Francisco, no nordeste brasileiro, para conhecimento dos restaurantes universitários da instituição.
 
A visita foi muito proveitosa, uma vez que foi possível ver como será o nosso RU e o que ainda precisamos fazer para tê-lo funcionando. Com a entrega da obra, agora vamos adiante com a aquisição dos equipamentos e da contratação necessária para termos nosso RU finalmente em operação”, disse a pró-reitora da Unir, Neiva Araújo.
 
O Rondoniaovivo procurou a Universidade Federal de Rondônia para mais esclarecimentos do funcionamento do restaurante. A instituição afirmou que em uma reunião com os estudantes, na última segunda-feira (16), foi discutido o assunto e garantiu já trabalhar no processo de licitação para aquisição dos equipamentos e assim avançar para a terceira etapa.
 
“A contratação da prestação de serviços para gerir o RU também demanda um processo público, e somente poderá ser iniciado quando os equipamentos estiverem instalados. A previsão, apresentada pelo vice-reitor, é de que, não havendo novas surpresas nos processos de contratação, tudo esteja concluído até o meio do ano de 2023”, afirmou a Unir.
 
A Universidade não afirmou qual valor será cobrado nas refeições dos acadêmicos.
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