HISTÓRIA: Conheça a tradição de comer ovos de chocolate na Páscoa

O primeiro ovo de Páscoa de chocolate foi desenvolvido em 1873 como uma iguaria de luxo mesclando duas tradições relacionadas à troca de presentes

HISTÓRIA: Conheça a tradição de comer ovos de chocolate na Páscoa

Foto: Divulgação

 

Muitas tradições da Páscoa — como os pães doces e o almoço de domingo — vêm do cristianismo da era medieval ou até das crenças pagãs mais antigas. Mas o ovo de chocolate é uma reviravolta mais recente.
 
Ovos de galinha são consumidos na Páscoa há séculos. Há muito tempo, os ovos simbolizam o renascimento e a renovação, o que os torna perfeitos para comemorar a história da ressurreição de Jesus, que coincide com a chegada da primavera no hemisfério norte.
 
Atualmente, a Igreja Católica permite o consumo de ovos durante o período de jejum da quaresma, mas, na Idade Média, eles eram proibidos, junto com a carne e os laticínios. Os chefes de cozinha medievais, muitas vezes, encontravam formas surpreendentes de contornar a proibição — e até faziam ovos falsos para substituir os verdadeiros.
 
Muitas tradições da Páscoa — como os pães doces e o almoço de domingo — vêm do cristianismo da era medieval ou até das crenças pagãs mais antigas. Mas o ovo de chocolate é uma reviravolta mais recente.
 
Ovos de galinha são consumidos na Páscoa há séculos. Há muito tempo, os ovos simbolizam o renascimento e a renovação, o que os torna perfeitos para comemorar a história da ressurreição de Jesus, que coincide com a chegada da primavera no hemisfério norte.
 
Atualmente, a Igreja Católica permite o consumo de ovos durante o período de jejum da quaresma, mas, na Idade Média, eles eram proibidos, junto com a carne e os laticínios. Os chefes de cozinha medievais, muitas vezes, encontravam formas surpreendentes de contornar a proibição — e até faziam ovos falsos para substituir os verdadeiros.
 
 
Sabemos também que, alguns séculos mais tarde, pessoas de toda a Europa coloriam seus ovos. Normalmente, escolhiam o amarelo, usando cascas de cebola, ou vermelho, com raízes de plantas rubiáceas ou beterraba.
 
Acredita-se que os ovos vermelhos simbolizassem o sangue de Cristo. Um autor do século 17 indicou que essa prática vinha dos primeiros cristãos da Mesopotâmia, mas é difícil saber ao certo.
 
Na Inglaterra, a forma mais popular de decorar os ovos empregava pétalas de flores, que geravam impressões coloridas. O Museu Wordsworth, na região de Lake District, ainda conserva uma coleção de ovos feitos para os filhos do poeta William Wordsworth (1770-1850) nos anos 1870.
 
Dos ovos secos para os de chocolate
Pintar ovos com padrões coloridos ainda é uma atividade comum na Páscoa, mas, atualmente, esses ovos são cada vez mais associados ao chocolate. Quando ocorreu essa mudança?
 
Quando o chocolate chegou pela primeira vez à Grã-Bretanha no século 17, era uma novidade fascinante e muito cara.
 
Em 1669, o Conde de Sandwich pagou 227 libras por uma receita de chocolate do rei Carlos 2º (1630-1685). O valor equivale a 32 mil libras (cerca de R$ 204 mil), em valores atuais.
 
Hoje em dia, o chocolate é considerado um alimento sólido, mas, na época, era uma bebida normalmente condimentada com pimenta, seguindo as tradições maias e astecas.
 
E, para os ingleses, essa nova e exótica bebida era diferente de tudo o que eles já haviam experimentado. Um autor a chamou de "néctar americano": uma bebida para os deuses.
 
O chocolate logo se tornou uma bebida da moda entre os aristocratas, muitas vezes oferecida de presente, como símbolo de status. E essa tradição permanece até hoje.
 
A bebida também era apreciada nas recém-abertas cafeterias de Londres. O café e o chá também haviam acabado de ser introduzidos na Inglaterra, e as três bebidas rapidamente mudaram a forma como os britânicos interagiam socialmente entre si.
 
Foi naquela época que os teólogos do catolicismo, de fato, relacionaram o chocolate à Páscoa, mas devido à preocupação de que tomar chocolate infringiria as práticas de jejum durante a quaresma.
 
Após intensos debates, ficou definido que o chocolate preparado com água poderia ser aceitável durante o jejum. Pelo menos na Páscoa — uma época de festa e celebração — o chocolate era aceito.
 
O chocolate continuou sendo caro até o século 19. Em 1847, a empresa Fry’s (que hoje pertence à fábrica de chocolates inglesa Cadbury) produziu as primeiras barras de chocolate sólidas, que revolucionaram o comércio do produto.
 
 
 
Com isso, o chocolate ficou muito mais acessível na era vitoriana, mas ainda era visto com certa complacência. E, trinta anos mais tarde, em 1873, a Fry’s desenvolveu o primeiro ovo de Páscoa de chocolate como uma iguaria de luxo, mesclando duas tradições relacionadas à troca de presentes.
 
Mesmo no início do século 20, esses ovos de chocolate ainda eram vistos como um presente especial e muitas pessoas nunca comiam os que ganhavam. Uma mulher no País de Gales chegou a guardar um ovo de 1951 por 70 anos e um museu em Torquay, no sul da Inglaterra, recentemente comprou um ovo que estava guardado desde 1924.
 
Somente nos anos 1960 e 1970, os supermercados começaram a oferecer ovos de chocolate a preços mais baixos, esperando lucrar com a tradição da Páscoa.
 
Com as preocupações crescentes sobre a continuidade da produção de chocolate e a gripe aviária reduzindo a produção de ovos, a Páscoa poderá ter aparência um pouco diferente no futuro. Mas, se há uma coisa que os ovos de Páscoa podem nos mostrar é a capacidade de adaptação das tradições.
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