A fronteira estereotipada do caos – Por Marquelino Santana

A fronteira estereotipada do caos – Por Marquelino Santana

Foto: Divulgação

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Sob a aversão abaçanada da xenofobia, a coletividade boliviana de Puerto Bolívar continua sofrendo amargamente a antipatia do preconceito e discriminação que assola violentamente a dignidade humana e fere profundamente a Declaração Universal dos Direitos humanos.
 
O artigo 1º da DUDH reza que “todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade”. Mas a asserção aviltante da invisibilidade social fronteiriça, demonstra de forma clarividente, que dentro ou fora do país, os ribeirinhos do rio Mamu no Departamento de Pando, são tratados com desprezo e abominação, diante do descalabro danoso e generalizado.
 
Nesse desmazelo e despautério da derrocada humana, Puerto Bolívar caminha na divagação da vida, desprovidos de constituição e despossuídos das necessidades básicas de sobrevivência. Imbricados à mata pandina do Noroeste boliviano, eles sentem a falta dos seringueiros brasivianos que foram impiedosamente desterrados do lugar durante a ascensão de Evo Morales ao poder.
 
Os integrantes da amaldiçoada guerrilha paramilitar tomaram rumo ignorado. Logo após a expulsão dos brasivianos, eles perderam os financiadores de armas, alimentos, transporte e dinheiro. Perceberam que também foram vítimas de um embuste desmedido, de um engodo defraudado e de um estado tirano, despótico e belicoso, que afugentou uma tradicional população ribeirinha do seu transcendental espaço vivido.
 
Os seringueiros brasivianos foram reassentados no Município de Bujari no Estado do Acre. Perderam a mata e o rio, mas no assentamento Walter Arce, eles cavaram poços, e atualmente criam uma variedade de animais e uma diversidade abundante de produtos agrícolas. Os brasivianos continuam se adaptando a novos modos de vida, e como eles dizem: “não moramos mais no quintal dos outros”. Enquanto isso, as famílias que restaram no rio Mamu, continuam sobrevivendo numa fronteira estereotipada do caos.
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