PREJUÍZOS: Tarifa de Trump deve afetar as exportações do agro rondoniense

Pecuaristas são os mais preocupados com os possíveis prejuízos do tarifaço contra o Brasil

PREJUÍZOS: Tarifa de Trump deve afetar as exportações do agro rondoniense

Foto: Divulgação/Gov RO

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A decisão do governo de Donald Trump, dos Estados Unidos, de aplicar uma tarifa exorbitante de 50% sobre produtos do Brasil ascendeu o alerto do agronegócio rondoniense. É que Rondônia exporta produtos agropecuários para os norte-americanos, principalmente a carne bovina, soja e café. Além desses produtos, o estado tem ampliado seus negócios na exportação de pescados, como o Tambaqui, e produtos do cacau.

 

Através de nota, a Associação dos Pecuaristas de Rondônia (APRON) manifestou sua profunda preocupação com a recente sinalização de imposição de uma tarifa de aproximadamente 50% sobre a carne bovina brasileira enviada aos Estados Unidos. A nota de preocupação assinada pelo presidente da APRON, Adelio Barofaldi, alerta que os pecuaristas da região já enfrentam inúmeros desafios logísticos, sanitários e comerciais para acessar mercados internacionais. “A aplicação dessa tarifa não apenas desestimula o setor produtivo, como também ameaça empregos, renda e investimentos em toda a cadeia da bovinocultura de corte”, alertou.

 

Outros pecuaristas ouvidos pela reportagem do Rondoniaovivo também demonstram preocupação com a elevada tarifa que deve prejudicar as exportações de produtores do agro rondoniense. O impacto na economia do estado e na manutenção de empregos pode ser expressivo, principalmente em frigoríficos e propriedades rurais.

 

O impacto econômico

 

Os Estados Unidos figuraram entre os principais destinos das exportações de Rondônia em 2024, totalizando US$ 122,71 milhões. O estado é ainda um importante exportador de soja, milho, café e carne bovina.

 

Conforme dados do governo de Rondônia, a China se consolidou como o principal destino das mercadorias rondonienses, representando 23% do total exportado pelo estado em 2024. Com um montante de US$ 612,94 milhões em vendas externas, o mercado chinês tem sido um aliado estratégico para o fortalecimento da economia local.

 

Porém, outros países se destacam entre os principais destinos das exportações de Rondônia, como a Espanha (US$ 194,53 milhões), Argélia (US$ 155,57 milhões), México (US$ 127,31 milhões) e os Estados Unidos da América (US$ 122,71 milhões).

 

Soberania Nacional

 

O presidente Lula declarou que o governo brasileiro responderá com reciprocidade, caso não haja acordo. Em nota conjunta, o Itamaraty e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços classificaram a tarifa como violação das regras da Organização Mundial do Comércio e informaram que estudam recorrer ao órgão internacional.

 

O discurso do Palácio do Planalto é que Lula atuará para “defender” as empresas brasileiras e os empregos gerados por elas. Com a estratégia, o petista vê uma chance de se aproximar de setores antipáticos a seu governo, como o agronegócio.

 

O Congresso Nacional vinha sendo criticado por não ter se manifestado imediatamente após o anúncio de Trump. A nota desta quinta foi interpretada como resposta às pressões. O texto afirma que “o Congresso acompanhará de perto os desdobramentos” e defende o uso do diálogo nos campos diplomático e comercial.

 

Para os parlamentares ligados ao agro, o Brasil deve ter uma "resposta firme e estratégica" à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor taxa de 50% sobre as exportações brasileiras, na avaliação da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), liderada pelo deputado federal Pedro Lupion (PP-PR).

 

"É momento de cautela, diplomacia afiada e presença ativa do Brasil na mesa de negociações", diz a nota da bancada ruralista. "A diplomacia é o caminho mais estratégico para a retomada das tratativas."

 

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgou uma nota oficial e condenou a medida com firmeza. Para a entidade, a decisão do ex-presidente americano não encontra justificativa técnica, fere acordos históricos e prejudica consumidores e empresas nos dois países.

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