PERIGO: IBGE diz que 58% das crianças não têm acesso à água encanada em Porto Velho

Segundo o Censo de 2022 divulgado pelo IBGE, mais de metade das crianças de Porto Velho, com idades entre 0 e 9 anos, vivem sem acesso à água encanada, totalizando pelo menos 58% desse grupo populacional na cidade.

A falta de tratamento desse recurso é destacada por especialistas como altamente prejudicial, podendo acarretar sérias complicações para a saúde.

Dos aproximadamente 68.365 jovens nessa faixa etária na região, apenas cerca de 34%, o equivalente a 24 mil crianças, têm acesso à água encanada, enquanto o restante enfrenta a ausência desse recurso vital.

Porto Velho, de acordo com os dados recentemente divulgados pelo Instituto Trata Brasil, é classificada como a pior cidade do país em termos de saneamento básico entre as 100 maiores cidades.

Mais da metade da população da capital rondoniense vive sem acesso à água tratada, o que representa um risco significativo para a saúde pública.

Profissionais da saúde alertam que a falta de um suprimento adequado de água é especialmente prejudicial para os grupos mais vulneráveis, ameaçando a disponibilidade de nutrição adequada, bem-estar e qualidade de vida.

Crianças expostas à falta de água encanada enfrentam riscos adicionais de contrair doenças como parasitoses intestinais, dengue, leptospirose e diarreia, esta última sendo uma das principais causas de mortalidade entre crianças menores de 5 anos em todo o mundo, conforme relatórios da ONU.

A exposição a patógenos causadores dessas doenças pode ocorrer de várias maneiras, incluindo o consumo de água não tratada, a proximidade com valas de esgoto a céu aberto e o contato com rios contaminados ao tomar banho.

É crucial tomar cuidados especiais ao lidar com crianças com menos de 1 ano de idade, pois elas têm sistemas imunológicos menos desenvolvidos e estão mais suscetíveis a infecções, como durante a preparação de mamadeiras com água não tratada.