DICA DE FILME: Lift – Roubo nas alturas, da Netflix – Por Felipe Corona

Tudo começa quando um “grande ladrão” de artes volta a participar de um leilão em Veneza, na Itália. Sempre sendo monitorado de perto pela Interpol, com vários recursos tecnológicos, ele arremata uma arte virtual, chamada de NFT por milhões de dólares.

Porém, o tal ladrão Cyrus (Kevin Hart) é abordado por sua ex-ficante/namorada, a agente Abby (Gugu Mbatha-Raw) com uma proposta para roubar 500 milhões de dólares em ouro de um grande criminoso Lars Jorgensen (Jean Reno) para poder livrar a sua pele e de toda a equipe por roubar uma outra obra de arte conhecida em Londres.

Um dos problemas desse filme, na minha humilde opinião, é o exagero nos efeitos especiais, que parecem ser realmente mirabolantes. Um roubo envolvendo dois aviões no ar, definitivamente não tem como dar certo. Nem na realidade e muito menos na ficção. Além de outras situações do desenrolar da própria história.

Há um problema na conexão dos diálogos, que se propõe a ser uma “comédia de ação” ou algo do gênero. Por várias vezes, tentam ser engraçados. Às vezes acertaram, outras nem tanto. Acho que um dos poucos chamarizes desse filme é a relação de amor e ódio entre Cyrus e Abby, que é algo mal resolvido, onde a chacota e a ironia são bem interessantes.

No mais, creio que o enredo “roubos mirabolantes, repletos de tiros e perseguições”, já estão um pouco batidos. Essa fórmula tem que descansar um pouco, já que pelo menos na última década, saíram diversas produções nesse mesmo quesito, além dos super-heróis. A participação de Úrsula Corberó (Camilla), de La Casa de Papel, também é interessante, mas menos destacada do que o casal protagonista, claro.

É um bom filme para se assistir em casa, sem pressa e sem grandes pretensões/expectativas. Vale a pena para passar quase duas horas vendo algumas paisagens bem interessantes.

Nota 6,0 – RAZOÁVEL.