USINAS - Obra de compensação social em escola da capital é denunciada ao Ministério Público de Rondônia

Da Redação

09 de Julho de 2009 às 09:29

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USINAS - Obra de compensação social em escola da capital é denunciada ao Ministério Público de Rondônia

Foto: Divulgação

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Mais um cidadão pediu providencias ao Ministério Público de Rondônia para apuração de possíveis irregularidades na gestão municipal. O objeto da denuncia é a reforma da Escola Municipal Joaquim Vicente Rondon, obra realizada como compensação social pelo Consorcio que constrói a Usina de Santo Antonio e é liderado pela Construtora Norberto Odebrecht.

Segundo Altair Donizete de Oliveira, representante do conselho escolar, o mesmo fez uma vistoria na obra acompanhado do diretor da escola Elidio e do mestre de obras da Ponto Técnico de prenome Alexande. Um engenheiro representante do consórcio também esteve no local.

Na sua denuncia ao MPE, Altair relatou que os rebocos estão sendo realizados em cima da tinta e tendo em consideração a grande umidade predominante na região amazônica, a ação do tempo poderá acabar por dissolver a tinta e consequentemente o reboco pode vir a cair.

Como comprovação da lambança, a empresa contratada pela Odebrecht fixou pregos (vide foto abaixo) na parede ao invés de remover o chapisco antigo e a tinta. Resultado, em alguns pontos o reboco já está caindo.

PERIGO

Na sua declaração ao Ministério Público, Altair ressaltou que no projeto inicial, para o telhado é solicitada a distancia de 2,5m entre “tesouras”. Em total descumprimento ao projeto, a distancia constatada na obra é de 3,60m,o que pode vir a causar um desabamento do teto nas crianças que lá estudam. Aliás, na capital já houve desabamento de pátio de escola municipal e até hoje ninguém foi responsabilizado pelo Ministério Público de Rondônia.

Para completar o quadro de horror promovido pela compensação social da Odebrecht, a rede elétrica está sendo construída com quadros, tubulação, disjuntores menores dos que já havia no local e que segundo a denuncia, não suportavam mais a carga do sistema de ar-condicionado da escola.

Sobre o caso da escola Vicente Rondon, uma representação foi encaminhada a Semed - Secretaria Municipal de Educação,porém, como é praxe na administração petista local, até agora não houve nenhum retorno a comunidade, o que ensejou a denúncia ao MPE

ODEBRECHT

De acordo com a assessoria de comunicação do consórcio Santo Antônio Energia esta obra faz parte do pacote de mais de sessenta e nove milhões de reais que ficou acordado como compensação social para a população da capital, através de convênio celebrado com a prefeitura de Porto Velho.

Na Escola Joaquim Vicente Rondon estão sendo utilizados R$ 2.529.704,67 para a reforma e ampliação do prédio. Ainda segundo a assessoria, o projeto de construção é de autoria do município, cabendo ao consórcio a contratação e pagamento da empresa para o serviço.

CURRICULO

A empreteira responsável pela construção da Usina de Santo Antônio e que está promovendo a reforma da referida Escola, a gigante Norberto Odebrecht possui no seu currículo grandes obras, porém pesa sobre a empreiteira a acusação do governo peruano de falhas na construção e recusa em pagar uma indenização por irregularidades na usina hidrelétrica de San Francisco. A empresa foi expulsa do país e teve os bens confiscados.

Na capital rondoniense, a Construtora também está integrando uma incorporação imobiliária, construindo um projeto habitacional, com cerca de 4000 casas, o Bairro Novo, na BR 364, saída para Cuiabá. Resta saber a qualidade do material e engenharia que vai ser empregada na obra residencial, para assim como o povo do Peru, o trabalhador rondoniense não seja lesado pela multinacional.