O presidente do Conselho Estadual de Saúde (CES), Raimundo Nonato Soares, voltou a exigir, nesta quarta-feira (29), que o Ministério da Saúde, através do Departamento Nacional de Auditoria do SUS (DENASUS), aprofunde as investigações para saber “para que, para onde e para quem” vai o dinheiro oriundo do Sistema Único de Saúde (SUS).
O dirigente defendeu, ainda, além de uma operação cirúrgica e capilar, a realização imediata de uma devassa nas contas da administração Roberto Sobrinho. Segundo ele, “até agora, não se sabe nada sobre os 15%, como contrapartida, aos investimentos do SUS na manutenção da saúde da população”.
Em cinco anos, disse Nonato, “o município deixou de investir em vários setores considerados estratégicos”, o que acaba sobrecarregando o João Paulo Segundo, onde o prefeito parece gostar do caos instalado ali. Aquela unidade hospitalar, ele revelou, “não suporta mais a demanda”. - A solução é a construção do Pronto Socorro Municipal, apontou.
SAÚDE NA UTI
Dizendo-se não suportar a falta de respeito do prefeito Sobrinho com o erário, o presidente do C.E.S, decidiu exigir do Ministério da Saúde, através da Presidência da República, a apuração das irregularidades na não aplicação do dinheiro do SUS em obras e melhoria do sistema de saúde do município.
Ele afirmou que, “não entendo o porquê das usinas darem rios de dinheiro à prefeitura e esta, apenas aplicar parte dessa soma em obrinhas de postos e a alguma melhoria no sistema de pronto atendimento”. Enquanto isso, os pacientes agonizam no João Paulo, denunciou.
Indignado, Nonato pediu para que a Polícia Federal passe a investigar para onde estão indo os 15% da contrapartida do município em cima dos investimentos atribuídos ao Ministério da Saúde através do Sistema Único de Saúde. – Será que os 15% estão sumindo pelo ralo? - indagou.
ADMINISTRAÇÃO FRÁGIL
O Conselho Estadual de Saúde reconhece que o município não se preparou para o advento da construção das usinas do Complexo do Madeira. Muito menos para conter o ciclo migratório. Esses dois fatores, “deu a Porto Velho o status de quarta cidade mais violenta do país”, tanto nas ruas quanto em crimes, assinalou Nonato.
O número de motocicletas e de veículos longos (carretas) circulando na cidade, muitas vezes, com condutores não habilitados, deve ser investigado pelas autoridades municipais. O resultado é o recrudescimento da violência urbana e de acidentados sem atendimento adequado levados ao João Paulo Segundo, arrematou.