O prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho (PT), está sendo considerado por militantes petistas ligados ao deputado federal Eduardo Valverde e à senadora Fátima Cleide como um dos grandes responsáveis pelo fracasso eleitoral da dupla no último domingo. H
Foto: Divulgação
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O prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho (PT), está sendo considerado por militantes petistas ligados ao deputado federal Eduardo Valverde e à senadora Fátima Cleide como um dos grandes responsáveis pelo fracasso eleitoral da dupla no último domingo. Há quem fale até em traição. Roberto queria ser o candidato ao Governo, mas foi preterido pelo Partido dos Trabalhadores. Para disputar o Governo foi escolhido Valverde, até então um aliado do prefeito da capital, cuja eleição para a Câmara Federal se deve, em grande parte, ao empenho pessoal de Roberto Sobrinho.
Fátima Cleide, por sua vez, chegou a ser cogitada para disputar o Governo numa aliança entre o PT e o PMDB, mas preferiu tentar a reeleição na crença de que conseguiria vencer o senador Valdir Raupp nas urnas. Dizia-se que Raupp estava com medo de perder para Fátima, que pesquisas internas – do PT – apontavam como competitiva, capaz de obter a reeleição.
Na época em que Sobrinho ensaiou uma candidatura ao Governo, o PT ficou com medo de perder a Prefeitura de Porto Velho para o peemedebista Emerson Castro, o vice-prefeito, que hoje amarga o ostracismo. Magoado com a recusa do partido em ceder-lhe a vaga, Roberto Sobrinho nunca abraçou a campanha de Valverde e, por extensão, de Fátima Cleide. O prefeito chegou a participar de algumas reuniões e comícios, mas sem entusiasmo.
Empenho mesmo ele teve na eleição da vereadora Epifânia Barbosa para Assembléia Legislativa. Outro candidato que também contou com o apoio do prefeito de Porto Velho foi o professor Israel Xavier, derrotado no último domingo. O futuro de Roberto Sobrinho no PT é incerto, e há tempos ele flerta com o PMDB do senador Valdir Raupp. Na eleição de domingo, o PT encolheu em Rondônia. Elegeu apenas Padre Ton para a Câmara Federal, ficando de fora Anselmo de Jesus, um daqueles políticos que o ex-governador e agora senador Ivo Cassol chama pejorativamente de “Político Copa do Mundo”, que só aparece de quatro em quatro anos.
Roberto chegou a se nomear coordenador da campanha da presidenciável Dilma Roussef em Rondônia. Outro fiasco. No primeiro turno, Dilma perdeu no Estado para o tucano José Serra, que sequer botou o pé em Rondônia. O prefeito da capital não moveu uma palha a favor da candidatura de Dilma, repetindo o que fez com Valverde e Fátima Cleide. Na Assembléia o PT ocupará três cadeiras com Ribamar Araújo, Hermínio Coelho (que fizeram uma campanha independente, sem nenhum apoio de Fátima, Valverde , Roberto Sobrinho e do partido), e Epifânia Barbosa, que, apesar de toda a ajuda que recebeu do chefe do Poder Executivo municipal, saiu das urnas com pouco mais de seis mil votos. Um fiasco se levada em consideração a expectativa de que ela seria uma campeã de votos.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!