COLUNA SEMANAL: Falta de esgotamento sanitário faz Porto Velho perder bilhões de reais

Loucura

O autoritarismo como forma de governo, essa é a marca do atual governo norte-americano, sob o comando de Donald Trump. O país que, usando o soft power, sempre vendeu para o mundo o ideal de liberdade através, especialmente, das telas de cinema e foi o farol do mundo e exemplo de civilização, educação e desenvolvimento, parece que cansou desse papel no teatro mundial. Tudo o que temos presenciado é um show de absurdos contra tudo, todos e a democracia que, por várias vezes, foi usada pelos norte-americanos como motivo para destruir outros países, acusando-os de antidemocráticos. Quem em sã consciência poderia imaginar que a Universidade de Harvard, uma das mais prestigiadas do mundo, pudesse ser alvo de um presidente norte-americano? Pois é exatamente isso o que está ocorrendo, Trump está pressionando essa secular instituição, foi fundada em 1636, a aderir a sua pauta contra estrangeiros e diversidade.

Paranoico

Nem a história e os prêmios conquistados por alunos dela foram o bastante para sensibilizar Trump a parar de perseguir instituições de ensino. Só para se ter uma ideia, Harvard já conquistou 150 Prêmios Nobel, a maior quantidade do mundo. Pelos corredores dela já passaram oito presidentes dos Estados Unidos, como Barack Obama, John Kennedy e George Bush. A metralhadora do absurdo de Trump agora está voltada aos estudantes estrangeiros que estão ameaçados de não terminarem os cursos em Harvard, porque o governo diz que o local virou um centro de comunistas e de antissemitismo. Isso sem apresentar provas.

Mentira

Como se não bastasse, o presidente Trump usa a mentira como arma para humilhar e intimidar. Recentemente, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, foi recebido na Casa Branca e no meio da conversa entre os dois líderes, o americano disse que pessoas brancas estavam sendo perseguidas e mortas pelos negros sul-africanos apenas pelo fato de serem brancas. Usou um vídeo mostrando sacos mortuários dizendo que eram pessoas brancas que foram assassinadas por negros. Porém, foi desmentido pela agência de Notícias Reuters. Segundo ela, que é dona das imagens, elas foram feitas no ano passado e mostram trabalhadores humanitários recolhendo e transportando os sacos com mortos, vítimas da guerra civil no Congo. Todas essas situações mostram o perigo que é a extrema direita no poder e os riscos que o mundo está correndo com esses grupos chegando nos espaços políticos. Trump é um alerta do que são capazes de fazer!

Um Horror

Se as mulheres brasileiras fossem unidas, os senadores Marcos Rogério(PL), Omar Aziz(PSD-AM) e Plínio Valério(PSDB-AM) não teriam nenhum voto feminino nas próximas eleições. Os três protagonizaram um dos mais repugnantes episódios da história recente do Senado Federal. Algo para envergonhar todos os brasileiros. Três homens humilhando uma senadora que atualmente é ministra da pasta do Meio Ambiente e Mudança do Clima, no Governo Federal, e que foi até a Casa de Leis, como convidada para uma audiência na Comissão da Infraestrutura, na última terça-feira (27).

Saiu Gigante

Marina iria falar sobre a criação de áreas de conservação na região Norte, porém, foi humilhada como mulher, negra, nortista e teve que ouvir frases como a do senador Marcos Rogério que colocou para fora o racismo de nosso país: “Se ponha no seu lugar”; ou a pérola do machismo dita pelo senador Plínio Valério: “a mulher merece respeito, a ministra, não”; já Omar Aziz completou o show de horrores misturando preocupação com o meio ambiente e falta de ética. No fim, Marina exigiu um pedido de desculpas dos senadores que não o fizeram e ela se retirou da audiência. Nesse barraco o que se percebeu é que os políticos estão muito mais preocupados com a reeleição do que com a questão ambiental na Amazônia ou mudanças climáticas. Outra conclusão foi de que Marina Silva foi uma onça e enfrentou os senadores sem argumentos técnicos e que fazem apenas barulho. A ministra acreana saiu muito maior do que entrou nesse debate e ela, que já era grande, virou gigante. Já os senadores...

Sucesso da RO Rural Show

A última semana foi, não oficialmente, um recesso para a classe política de Rondônia. Se você fosse em qualquer gabinete, CPA, Câmaras Municipais e prefeituras, dificilmente, acharia algum deles. A maioria estava em Ji-Paraná, prestigiando a 12ª Rondônia Rural Show, que começou no dia 26 e termina no dia 31. A Feira já se firmou com um dos maiores eventos do agronegócio da região Norte. E merece ser prestigiada e apoiada, pois, ela está se tornado a grande vitrine do principal braço da economia rondoniense, que é o agronegócio em todos os setores. Segundo o Governo de Rondônia, no primeiro dia da Rondônia Rural Show foi alcançada a cifra de R$ 1 bilhão em negócios. Se continuou nesse ritmo, o balanço final pode chegar aos R$ 5 bi em transações comerciais. Assim, tem tudo para superar 2024, quando foram gerados R$ 4,4 bi em negócios e atraiu 270 mil visitantes. Vamos aguardar os números finais!

Política no Agro

Mas a Rondônia Rural Show foi também para a classe política local uma oportunidade de ser visto, ver e muito, mas muito mesmo, se articular para 2026. Dizem que as grandes decisões não são tomadas nas reuniões oficiais, mas nos regabofes depois das cerimônias. Sendo assim, deve ter ocorrido isso mesmo em Ji-Paraná. Todos os prováveis candidatos nas próximas eleições passaram pela feira e teve muitos tapinhas nas costas, conversas de pé de ouvido e sorrisos. O resultado dessas conversar vamos saber nos próximos meses.

Análise

E nesses encontros de políticos de diferentes partidos em um único local e às vésperas de uma eleição, o que não faltam são suposições sobre quem vai formar chapa com quem, quem vai sair para qual cargo e assim por diante. Uma previsão que está ganhando força é a de uma chapa bolsonarista que teria como cabeça, o senador Marcos Rogério para governador; o empresário Bruno Sheidt e o deputado federal Fernando Máximo disputando o senado. Do outro lado estaria o atual vice-governador Sérgio Gonçalves concorrendo ao governo; e o atual governador Marcos Rocha e a deputada federal Sílvia Cristina lutando para chegar ao Senado. Pelos cálculos, o bolsonarismo tem 70% do eleitorado rondoniense. Se dividir com equilíbrio, cada lado fica com a média de 35%. Assim, uma chapa de esquerda com 30% dos votos, chega com igualdade. Se isso ocorrer, em um segundo turno, o racha bolsonarista pode favorecer a chapa de esquerda. Resta saber quem vem da esquerda ou do centro para a disputa ao Governo de Rondônia.

Conciliador

O senador Confúcio Moura (MDB) participou do Programa Conexão Rondoniaovivo, na última sexta-feira(30), onde na conversa com o jornalista Ivan Frazão confirmou que o prefeito Léo Moraes irá comprar um hospital privado em Porto Velho e vai doá-lo para Universidade Federal de Rondônia. Ele disse que Rondônia é o único estado do Brasil que não conta com um hospital universitário. Confúcio também negou que seja um político de esquerda como muita gente acredita. “Se for bom para Rondônia, eu falo com a esquerda e com a direita. Convivo muito bem com os dois lados. Sou um conciliador, de acordo, de negociação”, declarou. Veja a entrevista com o senador Confúcio Moura.

Esquerda Unida

Falando em Confúcio Moura, o senador foi a grande estrela no lançamento do movimento ‘Caminhada Esperança’, ocorrido na última sexta-feira(30), na sede do Sindsef, em Porto Velho. O evento marcou a formação de uma grande frente envolvendo oito partidos de esquerda para disputar a eleição de 2026. O objetivo é enfrentar a direita rondoniense e conseguir eleger o maior número possível de candidatos nos cargos de deputados federais e estaduais, senadores e também o próximo governador. O próximo passo do grupo é fazer o lançamento do ‘Caminhada Esperança’ nos demais municípios de Rondônia.

Valorização Imobiliária

Se a cidade de Porto Velho passasse por um processo de universalização dos serviços de água e esgotamento sanitário haveria uma explosão da valorização imobiliária da capital. Segundo o Instituto Trata Brasil, os ganhos para o setor imobiliário poderiam alcançar R$ 1 bilhão. Conforme o estudo quando há uma estrutura adequada de saneamento, as habitações aumentam de valor e as novas construções são mais valorizadas. Esse conjunto tem o poder de atrair empreendimentos para a região onde há saneamento.

Ganhos

Outra estimativa da análise do Instituto Trata Brasil, é que entre 2021 e 2055, o ganho para os proprietários de imóveis que alugam ou que vivem em moradia própria será de R$ 27,9 milhões por ano no estado, o que totalizará um ganho de R$ 975,4 milhões.  Assim, se o saneamento básico fosse levado a sério e não fosse apenas promessa de campanha eleitoral, Porto Velho teria ganhos de R$ 3,083 bilhões. Isso prova que investir em esgotamento sanitário é investir em melhoria de renda para toda a população.

Água sem qualidade

Só para mostrar o quanto é urgente se pensar em saneamento na capital rondoniense, atualmente, de acordo com o IBGE, a população de Porto Velho é de 460.434 pessoas, dessas 260.010 não tem acesso à água tratada. Ou seja, é muita gente ingerindo água de qualidade muito duvidosa!

Educação

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Rondônia (Sintero) terá uma importante reunião no próximo dia 10 de junho, com representantes de Seduc. O encontro será uma oportunidade para a categoria cobrar o cumprimento da pauta de reivindicações. A presidente do Sintero, Dioneida Castoldi, afirmou que recentemente, o Governo estadual enviou um ofício ao sindicato informando sobre importantes pontos para os trabalhadores da educação. Entre esses estão: progressão dos servidores no mês de outubro, edital de concurso público da educação será publicado no mês de julho desse ano, entre outros assuntos. “Mas o mais importante da reunião será a apresentação de proposta do governo sobre as titularidades dos profissionais de educação! Pois é investimento do profissionalismo sem retorno financeiro. Hoje, um doutor em educação ganha 25% de gratificação, em valor isso é menos de R$ 1500”, explicou.