OPERAÇÃO DIONÍSIO: Deputados destinaram 13 emendas para empresa sem qualificação, aponta MP

OPERAÇÃO DIONÍSIO: Deputados destinaram 13 emendas para empresa sem qualificação, aponta MP

Foto: Reprodução

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Apurando possíveis práticas de crimes de contratação direta ilegal, desvio de verbas, frustração do caráter competitivo de licitações, fraude em contratos e falsidade ideológica, a operação "Dionísio", que afastou o secretário estadual de cultura e esporte, Júnior Lopes, apura os recursos aportados nas edições 2023 e 2024 da EXPOVEL. 
 
Uma festa que apenas leva o nome de exposição pecuária, a EXPOVEL não promove grandes negociações ou exposição de maquinários e animais, atividade que vem ficando de competência anual do evento Rondônia Rural Show, mesmo assim, o evento sob suspeita contou com aporte de emendas impositivas de vários deputados estaduais. 
 
EMENDA IMPOSITIVA
 
Emenda impositiva é quando um parlamentar torna obrigatório o repasse do dinheiro por parte do Poder Executivo, e no caso da edição da EXPOVEL realizada neste ano, foram treze emendas direcionadas pelos deputados estaduais, dinheiro esse, que conforme o Ministério Público, pode ter sido usado de forma indevida pela empresa que promoveu o evento e está sob investigação. 
 
Denominada de Associação Recreativa e Cultural Porto Maria, a empresa é suspeita de não possuir condições de assumir contrato, e mesmo assim, recebeu R$ 750 mil do deputado Edevaldo Neves, R$ 50 mil do deputado Luizinho Goebel ( atendendo pedido do deputado Rodrigo Camargo), R$ 900 mil do deputado Ribeiro do SINPOL, R$ 300 mil da deputada Rosangela Donadon e mais de R$ 2 milhões do deputado e presidente do parlamento, Marcelo Cruz. 
 
Além de todas essas emendas individuais, a Associação Recreativa e Cultural Porto Maria ainda recebeu uma emenda coletiva de R$ 942.117,56 do Poder Legislativo, assinada pelos deputados Pedro Fernandes, Edevaldo Neves, Lucas Torres, Ribeiro do SINPOL e Marcelo Cruz. 
 
Mesmo com todo esse dinheiro público aportado em sua conta, a associação ainda realizou a cobrança de ingressos em camarotes, fato que também foi alvo de denúncia por parte das autoridades que estão à frente da operação Dionísio. 
 
Os deputados estaduais citados nesta reportagem não estão sendo investigados, pelo menos na primeira fase de OPEC Dionisio. Resta saber qual era o interesse dos deputados estaduais em repassarem tamanho volume de dinheiro a uma empresa, que, conforme o MPRO, não tinha a menor estrutura de promover a EXPOVEL. Houve um lobista que conseguiu arrigementar tanto dinheiro para uma festa em detrimento a saúde e educação?
 
Ainda não foi informado se haverá novas fases da operação Dionísio.
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