CONCORRÊNCIA: As estratégias da Disney e do Star+ para manter a Netflix em 2º lugar

Executiva da empresa fala sobre os planos e metas das plataformas de streaming — e como o Brasil é crucial nessa jogada

CONCORRÊNCIA: As estratégias da Disney e do Star+ para manter a Netflix em 2º lugar

Foto: Divulgação

Coroando uma sequência de lançamentos de grandes plataformas de streaming no Brasil, movimento que ganhou força entre 2019 e 2021, o Star+ desembarcou por aqui em agosto do ano passado, deixando a concorrência mais acirrada.

 

Braço de conteúdo adulto da Disney, com muitos dos títulos herdados da aquisição da Fox e do site americano Hulu, o canal se destacou especialmente pelo amplo catálogo esportivo da ESPN – outro selo da empresa do Mickey Mouse. A investida agressiva está só começando.

 

Este ano, o combo família da Disney superou a Netflix, então líder do mercado, passando de 221 milhões de assinantes globais – contra 220 milhões da concorrente. A meta ambiciosa é chegar a 245 milhões até 2024. Para isso, as estratégias vão desde a aposta em conteúdos esportivos e locais, até a opção de assinaturas populares com propaganda.

 

A VEJA, Juliana Oliveira, vice-presidente de digital na Walt Disney Brasil, falou sobre estes planos. Confira a seguir os principais tópicos da entrevista.

 

Concorrência entre plataformas de streaming

 

“Quanto mais plataformas de streaming nós temos, mais opções os consumidores vão ter. Por isso é muito saudável que todas elas existam. O que diferencia uma da outra é a oferta de conteúdos. No Star+, por exemplo, temos um catálogo robusto de séries conhecidas, como The Walking Dead e Simpsons, e outras novas como Only Murder in the Building. O conteúdo esportivo é também um dos principais atrativos. Temos cerca de 500 conteúdos esportivos ao vivo semanais, que funcionam muito bem especialmente no Brasil.”

 

Produções brasileiras

 

“A Covid-19 atrasou nosso calendário de lançamentos de produções nacionais, mas temos várias saindo agora e em andamento. Um título brasileiro que tem ótimo alcance fora é a série Impuros, que está na terceira temporada. Em outubro vamos lançar O Rei da TV, inspirada na história do Silvio Santos. Estamos rodando agora, para lançar em 2023, a série How To Be a Carioca, protagonizada pelo Seu Jorge e dirigida por Carlos Saldanha, e que promete ser um conteúdo que vai viajar bem por outros países.”

 

Metas de assinaturas

“Nosso pacote de streaming Family – que é a combinação de Disney+, Hulu e ESPN – chegou a 221 milhões de assinantes no mundo. Isolado, o Disney+ tem 152 milhões de assinantes. A meta do Disney+ é chegar entre 215 a 245 milhões de assinantes até 2024. O Brasil é um país central na América Latina para alcançarmos essa meta.”

 

Estratégias de preço

 

“O alcance de novos assinantes passa pela necessidade de entender as camadas que são mais sensíveis aos preços. Criamos combos de assinatura com Star+ e Disney+, fizemos parcerias diversas, entre elas com a Globo e o Mercado Livre, e agora vamos aprender com o modelo com anúncios que será experimentado nos Estados Unidos, a partir de 8 de dezembro. O Bob Chapek [CEO da Disney] anunciou que vai testar esse modelo em outras regiões. Eu acho que quando isso acontecer na América Latina, vai ser uma estratégia muito assertiva para ampliarmos a nossa audiência e capitalizar esses novos consumidores.”

A chegada do 5G

“Um desafio dos mercados emergentes, como a América Latina, é o baixo acesso à internet banda larga de qualidade, o que restringe o potencial do mercado. A chegada do 5G vai beneficiar muito todas as plataformas de streaming, por sua maior qualidade e velocidade.”

 

Autor: Raquel Carneiro  

 
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