A Promotora reconheceu que a recuperação dos igarapés exige grandes investimentos por parte do poder público, como obras de esgotamento sanitário e desocupação de áreas consideradas de preservação ambiental.
A Promotora do Meio Ambiente, Priscila Matzenbacher Tibes, se reuniu nesta quinta-feira (8), na sala de reuniões da Procuradoria Geral de Justiça, com representantes de órgãos ambientais com o objetivo de discutir propostas para revitalizar os igarapés de Porto Velho.
* Na abertura da reunião, foi apresentado um estudo realizado pelo engenheiro sanitarista Alexandre Alves, do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (CAOMA/MPRO), mostrando a situação de degradação dos igarapés da cidade, a maioria transformada em esgotos a céu aberto e tomada pelo lixo.
* A Promotora reconheceu que a recuperação dos igarapés exige grandes investimentos por parte do poder público, como obras de esgotamento sanitário e desocupação de áreas consideradas de preservação ambiental. Mas, que algumas medidas precisam ser tomadas para resolver o problema. “Os problemas nós sabemos quais são, o que precisamos é buscar meios para começar a recuperar esses igarapés”.
*O representante da Companhia Brasileira de Projetos e Empreendimentos (Cobrape) em Rondônia, Francisco José Pereira, informou que em apenas 3% da cidade de Porto Velho há sistema de esgotamento sanitário e seu passivo ambiental é de mais de R$ 1 bilhão (recursos necessários para investimentos em obras na área ambiental).
*O secretário municipal de Meio Ambiente, Avenilson Trindade, pediu o apoio do Ministério Público para construir um diagnóstico e apontar medidas legais de compensação desse passivo ambiental, já que o município não tem recursos financeiros suficientes para as obras de infra-estrutura na área de saneamento na cidade.
* A reunião contou com a participação de representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), Cobrape, Sema, Semur, Semplan, A.C.V e Secretaria Municipal de Regularização Fundiária.