Especialistas dão dicas sobre como investir o 13º salário

Da Redação

20 de Novembro de 2008 às 17:02

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Especialistas dão dicas sobre como investir o 13º salário

Foto: Divulgação

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Cerca de 68 milhões de brasileiros acordaram, nesta quinta-feira (20/11), com a primeira parcela do 13º salário depositada em suas contas. De acordo com o Dieese, neste ano, o salário extra deve injetar 78 bilhões de reais na economia. Como todo final de ano, parte dos beneficiados usará o dinheiro para quitar dívidas, comprar presentes e se preparar para a maratona de contas do início de 2009, que inclui IPTU, IPVA, matrículas e materiais escolares. Uma pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) mostrou que 60% dos entrevistados pretendem aplicar o 13º na quitação de dívidas - atitude apoiada pelos especialistas em finanças pessoais. "É melhor quitar as dívidas com juros mais altos, como o cheque especial e o cartão de crédito", afirma Fabio Gallo Garcia, professor de Finanças da PUC-SP e da Fundação Getúlio Vargas.

Mas pagar contas atrasadas pode ser cavar um buraco na areia, se o consumidor não tiver disciplina. Por isso, o consultor financeiro Reinaldo Domingos, autor do livro "Terapia Financeira" (Editora Gente), recomenda utilizar apenas uma parte do dinheiro para quitar os compromissos mais caros e mais urgentes. Segundo Domingos, o ideal é renegociar o restante da dívida com dois objetivos: conseguir mais prazo para pagá-la e juros menores. O resto do 13º deveria ser aplicado. "É uma boa hora para criar o hábito de poupar", diz.

Por mais modesta que seja a quantia que sobrar na conta-corrente, após apagar os incêndios financeiros mais urgentes e completar a lista de presentes, ela pode ser aplicada em várias opções de investimento. Para decidir qual é a melhor, o investidor deve saber, primeiro, para quê guardará esse dinheiro. "Não existe aplicação sem motivo. A pessoa precisa ter um objetivo: comprar uma casa, trocar de carro, fazer uma viagem, se aposentar", explica Domingos.

Essa resposta ajudará o investidor a definir, então, outros dois critérios: o tempo pelo qual poderá manter o dinheiro aplicado; e a importância que ele tem sobre o orçamento de curto ou longo prazo. É isso que vai esclarecer quão arriscada poderá ser a aplicação escolhida. Em um momento de forte turbulência mundial, contudo, a maioria das recomendações concentrou-se em investimentos conservadores, como poupança e títulos públicos. EXAME ouviu três especialistas em finanças pessoais sobre as opções para aplicar o seu 13º salário.

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