O anúncio foi feito com exclusividade no programa Tribuna do Povo da Rádio Educadora, de Guajará-Mirim, durante a tarde desta quinta-feira, a manifestação do Deputado pegou muito gente de surpresa e surgiu como uma bomba, já que pelos ao menos três pessoas de primeiro escalão devem solicitar a exoneração do Prefeito Atalibio José Pegorine.
No programa apresentado pelos radialistas Ricardo Vilhegas e Ronie Von Barros, o deputado Miguel Sena (PV) foi enfático e disse: “Se alguém disser que estou interferindo na administração do Atalibio é mentira, tanto que os secretários Wayner Oliveira da secretaria de planejamento, Jonas Gomes dos Santos, de Obras e minha irmã Oneide Sena da assistência social estarão deixando essa administração o mais rápido possível”, disse o parlamentar.
Miguel chegou a dizer que não queria tomar essa decisão mais se ver sem alternativa já que o prefeito não busca uma aproximação, neste mesmo programa o deputado ouviu uma matéria que ganhou repercussão em todo o estado que é a distribuição de remédios oriundos da china.
Até agora ninguém sabe como esse remédio entrou em Guajará-Mirim e por que a distribuição aconteceu sem o conhecimento do Conselho Regional de Medicina, essa informação virou denúncia depois de uma vistoria surpresa do CREMERO nas dependências do Hospital Regional.
Na denúncia feita ao Ministério Publico o conselheiro federal do Cremero, Hiran da Silva Gallo, que também é diretor-tesoureiro do Conselho Federal de Medicina, disse que constatou que a saúde pública de Guajará-Mirim está utilizando medicamentos da China para medicar a população que isso é um escândalo sem proporções e que precisa ser apurada com rigor pelas autoridades competentes, disse ainda que se for o caso a Policia Federal tem que ser acionada.
Entre outras irregularidades, o conselheiro aponta a suspeita de pirataria que recaem sobre a maioria dos produtos que se dizem da China e a falta de informação sobre a autorização da Anvisa para utilização desses remédios.
Hiran Gallo alerta que caso não se comprove os procedimentos legais para liberação desse remédio, a população está correndo sério risco. “Caso algum paciente venha a ter complicações por conta do uso desses remédios, os gestores públicos deverão ser responsabilizados e penalizados”, apontou o diretor do CFM, levantando suspeita quanto aos procedimentos para aquisição desses medicamentos.
Durante audiência na última segunda-feira, 20, no Ministério Público, a presidente do Cremero, médica Inês Motta, e o conselheiro Hiran Gallo solicitaram providências investigatórias para apurar a procedência do remédio e a modalidade de licitação que a Prefeitura do Município e a Secretaria Municipal de Saúde estão adotando para aquisição do produto.
Nos relatórios produzidos pela fiscalização do Cremero constam ainda várias outras irregularidades, como a contratação de médicos sem registro no CRM, insuficiência no atendimento ao público e falta de pagamento aos profissionais da saúde.
Nesta quarta-feira, a presidente do Cremero, Inês Motta, e o diretor do CFM, Hiran Gallo, voltaram a se reunir no Ministério Público, onde foram recebidos pelo procurador-geral de Justiça, Ivanildo Oliveira. Também participaram da reunião o secretário estadual de Saúde, Milton Moreira, o prefeito de Guajará-Mirim, Atalíbio Pegorini, e o Secretário Municipal de Saúde, Clezio Lobato.