Agevisa nega registro de morte por Dengue, porém imprensa mostra certidão de óbito – Confira vídeo
A preocupação de secretários municipais de saúde e prefeitos é saber se os números oficiais estão abaixo da realidade. No relatório oficial do órgão não há casos de morte por dengue em Ji-Paraná, quando na realidade houve morte por dengue.
O diretor-geral da Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa), Gilberto Miotto, divulgou hoje, 29, relatório sobre as mortes provocadas por dengue em Rondônia nos anos de 2009 e 2010. “Não há registro de óbito em Ji-Paraná”, enfatizou Miotto. O diretor do órgão concedeu entrevista coletiva na Câmara Municipal, por ocasião da reunião denominada “Municípios no combate à dengue”, organizada e conduzida pela Associação Rondoniense dos Municípios (AROM).
Porém foi apresentado pelo jornalista Alessandro Lubiana (Rádio Alvorada e Canal 25) a certidão de óbito de Taynara Pereira de Souza que morreu no dia 15 de dezembro de 2009. Na certidão a causa é choque hipolêmico/ desidratação/dengue. Miotto não explica com clareza a falha na alimentação do sistema.
Veja o Vídeo.
A preocupação de secretários municipais de saúde e prefeitos é saber se os números oficiais estão abaixo da realidade. No relatório oficial do órgão não há casos de morte por dengue em Ji-Paraná, quando na realidade houve morte por dengue. Porém, essa informação não aparece no relatório da Agência. “Se os números apresentados pela Agevisa estiverem abaixo é um erro que prejudica Rondônia na hora de buscar recursos em Brasília disse um dos prefeitos que estava no encontro”.
Taynara, sete anos, foi internada no Hospital Municipal (HM) em Ji-Paraná no dia 7 de dezembro de 2009 e sua irmã de seis anos, que devido a suspeita de dengue também foi internada e medicada. Já Taynara recebeu medicação para inflamação na garganta e foi liberada pela pediatra. A menina com suspeita de dengue foi transferia para Porto Velho e foi salva. Já Taynara que foi liberada para ir para casa voltou a passar mal e novamente foi socorrida ao HM de Ji-Paraná e transferida para Porto Velho. Ao dar entrada no Hospital Cosme e Damião a garota não resistiu e morreu.
Arnaldo, o pai das duas meninas lamentou por não terem detectado a tempo a doença em Taynara que foi sepultada em Ji-Paraná sob forte comoção. Ele lamenta a falha na divulgação dos dados. Erica, mãe das meninas ficou desesperada ao ouvir em uma emissora de rádio que não havia morte por dengue na cidade. “Chorei vendo a certidão de óbito da minha filha, se ninguém morreu de dengue então o que era minha filha, ninguém?” questionou a mãe.