O vereador Edemilson Lemos (PSDB) foi à tribuna da Câmara Municipal de Porto Velho, na sessão plenária de segunda-feira (20), e propôs aos colegas a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar denúncias feitas pelos deputados estaduais petistas José Hermínio e Ribamar Araújo contra o prefeito da capital Roberto Sobrinho (PT).
Dias atrás, durante pronunciamento da tribuna da Assembléia Legislativa, Hermínio disse “que se havia instalada a bandalheira na prefeitura de Porto Velho”. Em aparte, Ribamar afirmou que Sobrinho “era chefe de uma quadrilha”. Cruz credo!
Para levar adiante sua idéia, Edemilson vai precisar contar com o apoio de um terço de seus colegas. Além dele, quatro vereadores já assinaram o requerimento (Ellis Regina, Cláudio da Padaria e Mariana Carvalho), mas o tucano reconhece que não está sendo fácil conseguir o sexto parlamentar para completar o número necessário exigido por lei. Depois, vem à fase mais difícil, qual seja, convencer os partidos a indicarem os membros da Comissão.
Edemilson considera as denúncias extremamente graves, principalmente, “porque foram proferidas por dois filiados do mesmo partido do prefeito”. É verdade. Fosse o acusador um adversário político de Sobrinho, até que se poderia duvidar do conteúdo das denúncias. Mas, não! São dois “companheiros” do prefeito que colocaram o dedo na ferida.
O tucano deixou claro, no entanto, que não aceita que se leve a discussão para o campo político. Igualmente, a ele não interessa saber se Hermínio pertence à ala xiita, radical ou a turma de Zé Dirceu, nem os motivos que o levaram a deitar o relho nos costados de Sobrinho. O que lhe interessa, mesmo, é apurar os fatos, doa em quem doer, alcance quem alcançar. “Esse é o papel da Câmara. Esse é o nosso papel, como fiscalizador das ações do poder executivo”.