DESTRUIÇÃO: Rondônia foi o 4º estado que mais desmatou em nove meses, segundo Imazon

Índice cresceu 54% mesmo com inverno amazônico e área de floresta do tamanho da cidade do Rio de Janeiro foi abaixo

DESTRUIÇÃO: Rondônia foi o 4º estado que mais desmatou em nove meses, segundo Imazon

Foto: Em abril de 2021, um sobrevoo do Greenpeace já tinha mostrado a expansão do garimpo na Amazônia (Foto: Christian Braga/Greenpeace)

 
Segundo o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), a Amazônia está cada vez mais perto de sofrer com um novo recorde anual de desmatamento. 
 
Apenas em abril, último mês do inverno amazônico, uma área de floresta do tamanho da cidade do Rio de Janeiro foi posta abaixo no bioma. Os dados foram retirados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon, que detectaram uma perda de 1.197 km²: 54% a mais do que o registrado no mesmo mês de 2021. 
 
Com isso, a região teve o pior abril dos últimos 15 anos, desde que o instituto iniciou o monitoramento por satélites, em 2008.
 
 
Rondônia
 
Em um período de oito meses, Rondônia, no período acumulado do chamado “calendário do desmatamento”, que vai de agosto de um ano a julho do seguinte, ficou em 4º lugar com a maior área desmatada, com 768 quilômetros quadrados destruídos.
 
Os primeiros colocados são o Pará, com quase o dobro do segundo colocado, o Mato Grosso. Na terceira posição fica o Amazonas. 
 
Apenas em abril, Mato Grosso foi o que mais desmatou pelo quarto mês consecutivo, com 372 km² derrubados, 31% de toda a destruição registrada na região. Em segundo lugar ficou o Amazonas, com 348 km² desmatados (29%), e em terceiro o Pará, com 243 km² (20%). 
 
 
Plataforma
 
Esses dados servem como um sinal de urgência para que ações sejam implementadas antes que a estimativa de 15 mil km² derrubados entre agosto de 2021 e junho de 2022 vire realidade. 
 
A previsão é da plataforma de inteligência artificial PrevisIA, que vem se mostrando uma ferramenta assertiva ao indicar as áreas sob maior risco de desmatamento na Amazônia.
 
Isso porque, de toda a área de floresta derrubada nos últimos nove meses, 75% estava em um raio de até 4 km do ponto estimado pela plataforma. Para avaliar essa assertividade, pesquisadores do Imazon, cruzaram as áreas que a ferramenta indicou estarem sob risco de devastação entre agosto de 2021 e julho de 2022 com o desmatamento já detectado pelo SAD entre agosto e abril.
 
“Essa análise nos mostrou que a plataforma pode auxiliar muito para evitar a derrubada da floresta e ainda gerar economia de recursos e de tempo para os órgãos públicos que têm como missão proteger a Amazônia. Esperamos que a PrevisIA erre, pois queremos que seus dados possam ajudar a orientar ações efetivas para evitar desmatamentos. Infelizmente, estamos vendo a previsão se tornar realidade”, lamenta Carlos Souza Jr., pesquisador do Imazon.
 
PrevisIA
 
Com uma metodologia desenvolvida a partir de pesquisas na área de predição de risco do Imazon, publicadas em revistas científicas internacionais, a PrevisIA analisa diversas variáveis para apontar as áreas sob maior risco de desmatamento na Amazônia. Entre elas estão topografia, categoria do território, histórico do desmatamento, infraestrutura urbana, distância para estradas e dados socioeconômicos. 
 
Além disso, a ferramenta conta com um algoritmo de inteligência artificial criado pelo Imazon para detectar e monitorar as estradas abertas na Amazônia, que têm um grande peso na análise do risco da devastação.
 
Lançada no ano passado a partir de uma parceria entre o instituto, a Microsoft e o Fundo Vale, a plataforma estimou um desmatamento de 15 mil km² para o período de agosto de 2021 a julho de 2022. Essa área foi dividida em um mapa com cinco classificações de risco: muito baixo, baixo, médio, alto e muito alto.
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