ALGUÉM EXPLICA? Nem sindicato, nem inoperante Procon explicam gasolina mais cara na capital

Mesmo pagando frete de até 600 quilômetros, combustível no interior é mais barato

ALGUÉM EXPLICA? Nem sindicato, nem inoperante Procon explicam gasolina mais cara na capital

Foto: Charge/Reprodução da internet - http://monzeirosbh.blogspot.com/2013/02/roubo-na-gasolina.html

No último final de semana, leitores do Rondoniaovivo protestaram após verificar que os preços da gasolina no interior do estado custam até quase 50 centavos menos por litro do que em Porto Velho, que é a de onde sai o combustível para estas cidades.  Mesmo pagando frete de até 600 quilômetros, os donos de postos de combustível do interior vendem mais barato.

 

Diante disso, o jornal eletrônico procurou as entidades que reúnem os donos de postos de combustíveis da capital para saber quais os motivos que levam à diferença tão acintosa no bolso e no orçamento do consumidor.

 

 

A primeira a se manifestar mais uma vez foi a Associação dos Donos de Postos de Combustíveis de Rondônia (Ascopetro), por meio do seu presidente Cleibson Carvalho, que reforçou que os custos para manter as empresas são exorbitantes.

 

“O preço é livre. Cada empresa estabelece o que acha correto e o consumidor escolhe onde abastecer. Os gastos para manter um frentista por exemplo é altíssimo. Muitos postos são arrendados, pagam aluguel e tem muitos funcionários. Além do salário, temos impostos, encargos e taxas trabalhistas, além de benefícios como vale transporte, refeições e cesta básica. Mesmo assim, vez ou outra, vemos um ou outro posto fechando”, lamentou ele.

 

 

Cleibson não soube informar os motivos do combustível ser mais barato em outros municípios rondonienses, mas completa:

 

“Ainda há o alto custo para manter todos os produtos dentro da especificação das leis vigentes, como as bombas fiscalizadas pelos órgãos responsáveis”.

 

 

Nada a declarar

 

O Sindicato do Comercio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Rondônia (Sindipetro), por meio do seu secretário-executivo Eduardo Valente, limitou-se a informar à equipe de reportagem que “não discute preços nas bombas”. Também não disse nada em razão do valor ser praticamente o mesmo em quase todos os postos da capital.

 

Procon inoperante

 

Entramos em contato na segunda-feira (07), com o Programa Estadual de Defesa do Consumidor (Procon), onde pedimos para saber quais as ações do órgão para combater os preços abusivos e a suposta prática de cartel alegada pelos cidadãos porto-velhenses.

 

Porém, durante dois dias, a assessoria de comunicação da instituição nos repassou que iria nos enviar a resposta requerida, pois “precisamos ser cautelosos. Não posso enviar algo genérico”, escreveu a responsável pelo em mensagem pelo WhatsApp. Porém, passado todo esse tempo, nada foi explicado até então.

 

O Rondoniaovivo fez uma rápida pesquisa na internet e verificou que a última ação do Procon envolvendo a fiscalização dos preços nas bombas de combustíveis foi em fevereiro deste ano, ou seja, há quase três meses. Durante período eleitoral foi feita grande operação em Porto Velho em relação ao valor cobrado, mas foi puramente eleitoreira.

 

Registro da última fiscalização do Procon envolvendo supostos abusos de preços - Foto: Frank Nery/Secom - Governo de Rondônia

 

“Sabe-se que o combustível é um bem essencial, portanto, diante de denúncias, este órgão estará vigilante, dessa forma, resguardando o direito dos consumidores. Ainda, vale ressaltar quanto à importância do segmento para a cadeia de consumo. As fiscalizações em postos têm grande participação no calendário anual de fiscalizações do Procon”, disse à época o gerente de fiscalização do Procon, Calebe Melocra.

 

A população pode denunciar, caso perceba qualquer irregularidade e entrar em contato com a instituição pelo site www.procon.ro.gov.br, sendo disponibilizados os números 3216-1018 ou por WhatsApp (69) 98491-2986.

 

Caso o Procon queira atualizar as informações sobre as atividades envolvendo o combate aos preços abusivos nos combustíveis, faremos a atualização deste texto assim que recebermos a manifestação oficial do órgão por meio da assessoria de comunicação.

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