Em pronunciamento no Plenário nessa segunda-feira (2), o senador Confúcio Moura (MDB-RO), relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025, afirmou que apesar das perspectivas econômicas positivas para o Brasil, os números não repercutem no dia a dia da população brasileira. Segundo o parlamentar, é necessário desvendar a incógnita do crescimento econômico sustentável no país.
Confúcio Moura ressaltou que a previsão para o Brasil, até o final do ano, é ultrapassar o produto interno bruto (PIB) da Itália e chegar a ser a oitava economia do mundo com perspectivas de atingir aproximadamente R$ 2,4 trilhões do PIB líquido em 2024, no entanto, é preciso que o país abra a economia e facilite investimentos da classe empresarial.
O senador enfatizou que o país necessita demonstrar segurança jurídica para atrair os investimentos. “Nós temos um compromisso com o povo brasileiro, que é o marco do saneamento básico. Até 2033, nós devemos ter 100% de água tratada para todos e 91% de esgoto sanitário. Mas, eu pergunto: com que dinheiro nós vamos fazer tudo isso? Então, a gente precisa abrir a nossa confiabilidade internacional para a captação desses recursos”, explicou.
De acordo com o parlamentar, ser a oitava economia não repercute na vida das pessoas. “No início do Governo Lula nós tínhamos cerca de 30 milhões de brasileiros passando fome. Reduziu-se, é lógico, com os programas sociais a fome no Brasil. Mas um país que tem fome é um país, ainda, que vive em um estado deplorável, que tem parte de sua população passando necessidades, sem o mínimo essencial como alimentação”, disse.
O senador destacou que para um crescimento sustentável seria necessário a inclusão das pessoas na economia. “Devemos perseguir para que o Brasil tenha um crescimento distributivo e inclusivo, porque não há economia, não há possibilidade de se viver realmente uma economia estável com a falta da inclusão produtiva, a inclusão democrática, a inclusão econômica. Isso é indispensável”, asseverou.
O parlamentar defendeu também mais investimentos à educação profissional. “Eu sei que o presidente está fazendo e o ministro da Educação está trabalhando -, já aprovamos nas duas Casas a reforma do ensino médio, pela qual vai entrar educação profissional para valer. Só que o estado… a educação profissional é executada pelos estados. Mas isso não é tão simples assim. O estado, para ter a educação profissional dentro de uma escola pública, tem que adaptar equipamentos, tem que ampliar salas, tem que contratar professores técnicos para poder ensinar essa juventude. Então, ainda vai rolar aí para frente muita coisa para se ajustar no decorrer do tempo, e eu espero que seja o mais rápido possível”, sublinhou.