Governo Federal - Marcha pela reforma agrária já tem 11,5 mil participantes
Foto: Divulgação
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"Na nossa avaliação, o ritmo da reforma agrária não satisfaz aos movimentos sociais, não satisfaz ao MST, tanto no que diz respeito a famílias assentadas, quanto ao atendimento e desenvolvimento dos assentamentos. Ainda está muito aquém do que nós esperamos e que temos negociado com o governo, que não vem cumprindo com a meta que acordou com a gente em 2003, quando da Marcha Nacional pelo Plano Nacional da Reforma Agrária", afirmou.
Segundo Misnerovizz, o acesso à terra é um grande problema que perpassa governos. "Famílias que estavam acampadas ainda no governo Fernando Henrique continuam hoje nos acampamentos", destacou.
Além de acelerar o assentamento, o MST busca com a mobilização travar um debate com a sociedade sobre problemas como desemprego, violência, concentração de renda e riqueza. "Queremos conclamar a sociedade brasileira para que se mobilize em defesa do Brasil. Não podemos aceitar passivamente essa política econômica que concentra renda, riqueza, desemprega os trabalhadores. Por isso, essa mobilização tem o objetivo de chamar a sociedade para um grande mutirão, para a construção de um Brasil para todos", disse.
Entre as reivindicações do movimento está a melhoria do Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf). "Esse é um programa que dá atendimento às famílias assentadas e percebemos que precisa melhorar, desburocratizar, aumentar os valores que são insuficientes para a questão do desenvolvimento das famílias. Um dos grandes problemas é que o governo cria o programa, coloca dinheiro, mas os agricultores, por conta da burocracia, não conseguem ter acesso a esses recursos", afirmou Misnerovizz.
Os trabalhadores percorrerão 200 quilômetros entre Goiânia e Brasília, durante 17 dias. Entre os movimentos presentes durante a marcha estão Via Campesina, Comissão Pastoral da Terra, Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e Movimento das Fábricas Ocupadas
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