Cabeças vazias - Hamilton Lima

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Anunciada com muitos dias de antecedência a manhã de segunda-feira, 15 de maio, trouxe ao país através de entrevista coletiva com o treinador da seleção de futebol Carlos Alberto Parreira a lista de jogadores convocados para disputar a copa de futebol 2006. *Sem maiores surpresas para quem acompanha futebol, o treinador leu o nome dos jogadores, sendo que ao final da fala começou o pior pedaço, a entrevista coletiva. * Um show de perguntas imbecis proferidas pelos radialistas do Rio de Janeiro bombardeou Carlos Alberto, que esperando algo mais bem elaborado, respondeu de forma seca às obviedades solicitadas. *Profissionais experientes de rádio, onde o imaginário é fundamental para os ouvintes, os radialistas pousaram de sábios e saíram como burros de um encontro que se tornou exemplar para quem milita na imprensa ou pretende ser inserido no mercado. *O mau exemplo das fases óbvias ou pretensiosas dos jornalistas serve para não ser copiado. Com certeza a empáfia dos muitos anos de cabine trouxe à maioria deles a impressão que dominariam o entrevistado como seguram o microfone. *Os dez dedos de pretensão acabaram se voltando contra suas gargantas, demonstrando que acima de tudo é necessário estudar cada situação com antecedência antes de uma entrevista, preparar as perguntas e esquecer o dia anterior, onde glórias passageiras parecem referendar por uma eternidade. * Muito profissional e bem dirigida, a equipe de telejornalismo da Rede Globo capitaneada por Galvão Bueno percebeu as falhas dos colegas e a reação pouco simpática, porém justificada de Parreira, e entrou rápido com os comentários de Paulo Roberto Falcão e Sérgio Noronha, outro normalmente muito infeliz nos comentários rotineiros. * Para quem acompanha a rotina da imprensa, como observador contumaz, e principalmente para os profissionais e futuros radialistas ou jornalistas foi uma lição muito boa. O trabalho prévio, a pesquisa, itens fundamentais para um bom trabalho, jamais devem ser esquecidos. * A empáfia e a tradição de trabalhar num veículo nunca vão substituir a competência, que se estabelece todos os dias através de um árduo trabalho. * Quem é veterano não pode ser óbvio, quem é novo deve evitá-lo. Jornalismo se faz com percepção, atenção, e sobretudo, sem presunção. Todo presunçoso corre o risco de parecer idiota numa entrevista coletiva. Deveríamos todos agradecer aos interlocutores idiotas e presunçosos que fizeram perguntas a Parreira. Ensinaram aos profissionais de comunicação como não se deve fazer. Só por isso jamais deveriam ser esquecidos. Foi o grande momento da imprensa brasileira no mês de maio. **Professor do Curso de Comunicação Social da Faro.
Direito ao esquecimento

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