O distrito de Extrema não é o fim do mundo - Por Francisca Kaxarari

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Foto: Francisca Kaxarari

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Como moradora de Extrema  me sinto indignada quando as pessoas ou gestores públicos utilizam o argumento da distância do distrito para Porto Velho quando querem justificar a inoperância e o descaso com que somos tratados pelos administradores do município sede e do governo do estado. Em um mundo totalmente conectado, os 320 quilômetros que nos separam de Porto Velho é um argumento frágil para que soframos todo tipo de privações por parte do poder público.
 
 
E o mais preocupante: o descaso não é ocasional, deste ou daquele governo; é um processo histórico, que tem origem desde a fundação do distrito. Mesmo com o avanço da economia da região – e o consequente aumento de impostos gerados aqui – a contrapartida em serviços públicos não avançou.
 
 
Sofremos de todo tipo de problemas, desde os de solução mais simples (reparos de escolas) até aqueles que impedem o nosso desenvolvimento, como a falta de telefonia móvel (móvel mesmo, não aquela que nos permite falar apenas dentro de casa),  ausência de asfalto na área urbana e manutenção decente nas estradas vicinais e nas de acesso às aldeias dos povos indígenas.
 
 
Para mim, a solução está aqui e não no Palácio Rio Madeira ou no Prédio do Relógio. Ela está aqui, entre nós. São os agentes econômicos, políticos, sociais e religiosos daqui que devem construir o caminho para o nosso desenvolvimento e bem estar.
 
 
Passamos a vida esperando que a solução viesse de Porto Velho, ou pela sensibilidade dos prefeitos e governadores eleitos, ou pelo compromisso de um(a) ou outro(a) deputado(a) ou de algum(a) vereador(a) que nos visse como destinatários de respeito.
 
 
O vazio de representação política local limita o nosso desenvolvimento econômico, social e cultural; reduz a nossa capacidade de formar massa crítica, impede a produção de movimentos criativos orgânicos, de envolver a juventude em projetos que alimente os seus sonhos e nos prende à uma lógica de subordinação e passividade incoerente com o nosso potencial produtivo e criativo.
 
 
Extrema não que ser um puxadinho de Porto Velho, não precisa ser assim e nem é justo com a capital. Queremos contribuir, compartilhar nossa riqueza, nossa história e os saberes que acumulamos ao longo do tempo. Para isso, é necessário que nos sejam dadas oportunidades, que o respeito seja o princípio nas relações capital-distrito.
 
 
Mas, sabemos que esse é um processo endógeno, em que a força determinante está entre  nós, entre aqueles(as) que se sentem incomodados(as) com o descaso e o abandono. Somos muitos(as)!
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