'ORELHA DE ABANO': Além da estética tem outro impacto desta condição

A chamada “orelha de abano” é um termo popularmente utilizado para descrever a condição em que as orelhas se projetam para fora

'ORELHA DE ABANO': Além da estética tem outro impacto desta condição

Foto:  iStock/Husam Cakaloglu

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Embora muitas vezes seja tratada apenas como um fator estético, a “orelha de abano” pode ter um grande impacto social e emocional, principalmente em crianças e adolescentes. 
 
 
O que causa a “orelha de abano”? 
 
O médico otorrinolaringologista Dr. Gilberto Ulson Pizarro, do Hospital Paulista, referência na saúde de ouvido, nariz e garganta, explica que essa condição ocorre devido a uma má formação da cartilagem da orelha, que pode ser genética ou uma característica de síndromes específicas. 
 
“As causas da ‘orelha de abano’ podem variar, mas geralmente envolvem uma má formação na gestação ou uma característica genética familiar”, esclarece o médico. 
 
A condição pode se manifestar já no nascimento, porém é mais notada conforme a criança cresce e começa a interagir com outras pessoas, sendo muitas vezes alvo de brincadeiras e apelidos. 
 
 
Como funciona a cirurgia? 
 
A otoplastia, cirurgia estética para corrigir a “orelha de abano”, é recomendada principalmente entre os 7 e 9 anos, fase em que a criança já percebe as diferenças em relação aos colegas e pode sofrer com o bullying. 
 
“Normalmente, é a própria criança que pede para realizar a cirurgia, o que facilita o processo, pois ela acaba colaborando muito com o tratamento”, destaca Dr. Gilberto. 
 
A cirurgia consiste em remodelar a orelha, seja diminuindo a concha ou corrigindo a cartilagem, para que as curvaturas da orelha se tornem mais naturais e proporcionais ao rosto. 
 
Dr. Gilberto também aborda o impacto emocional que a “orelha de abano” pode causar, principalmente no contexto social. “A principal dificuldade é o estigma social. As crianças frequentemente se isolam por medo de serem ridicularizadas, especialmente quando são comparadas ao personagem Dumbo, que tem grandes orelhas e é tratado como ‘diferente’. Isso pode gerar timidez, baixa autoestima e até mesmo quadros de depressão“, explica o médico. 
 
A comparação com personagens de histórias como “Pinóquio”, que tem as orelhas grandes conforme ele se torna menos inteligente, ainda é um estigma muito presente.  
 
 
Recuperação  
 
Em relação à recuperação da cirurgia, Dr. Gilberto explica que o paciente precisará usar um curativo por um período de uma a duas semanas e, após esse tempo, os pontos serão retirados. 
 
A cirurgia é realizada de forma delicada, e a dor local, embora presente, é geralmente superada pela motivação dos pacientes em corrigir a aparência das orelhas. 
 
“A recuperação é tranquila, e a maioria dos pacientes se sente satisfeita com os resultados, principalmente porque a mudança traz um grande alívio emocional”, comenta. 
 
Já para adultos, a decisão de realizar a otoplastia é mais simples, e os resultados são bastante satisfatórios. “No caso de crianças e adolescentes, é importante avaliar se a cirurgia é realmente um desejo do paciente ou se está sendo motivada pelos pais. O médico tem o papel de ajudar a garantir que a decisão seja a melhor para o bem-estar da criança ou do adolescente”, conclui o especialista. 
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