Olá, meus caros leitores.
Mais um fim de semana chegou, e com ele, nossa tradicional coluna esse espaço onde falo o que muita gente pensa, mas não tem coragem de dizer. Aqui a hipocrisia não tem vez. E hoje, o assunto é daqueles que incomodam, que chacoalham a moral dos bons costumes: por que tantos homens casados procuram travestis para satisfazer seus desejos sexuais?
Chocante? Para quem finge viver numa bolha, talvez. Mas a realidade é mais crua do que muitos gostariam de admitir. Enquanto ostentam alianças douradas nos dedos e posam de pais de família nas redes sociais, esses homens mergulham em desejos que não cabem dentro do casamento tradicional. E ao invés de buscar o diálogo com suas companheiras, recorrem ao sigilo e às travestis.
Não se trata apenas de sexo. Trata-se de um desejo reprimido, de uma curiosidade sufocada, de uma masculinidade frágil que vive com medo de ser descoberta. Trata-se de um prazer escondido atrás do volante, do farol apagado, das esquinas discretas.
A pergunta que devemos fazer não é "por que eles fazem isso?", mas sim: por que vivem aprisionados em uma sexualidade envergonhada, contida e covarde? Por que ainda não conseguem se assumir, nem para si mesmos? O medo do julgamento social ainda fala mais alto do que a liberdade de ser quem se é?
E quanto às travestis, quantas vezes são vistas como fetiche e não como gente? São procuradas no escuro, mas rejeitadas na luz do dia. Desejadas na madrugada, mas invisibilizadas nas manhãs. Uma relação marcada pela exploração, pelo sigilo e pela hipocrisia.
Estamos diante de um retrato fiel de uma sociedade que diz ser moderna, mas ainda vive amarrada a preconceitos seculares. Onde se consome o que se condena. Onde se deseja o que se reprime. Onde se vive uma vida dupla, em silêncio.
É hora de encarar a verdade não por moralismo, mas por honestidade. Porque a única coisa realmente feia aqui não é o desejo. É a mentira.
Até a próxima semana, com mais uma verdade engasgada que precisa ser dita.