COLUNA SEMANAL: Baixos salários e outros fatores estão levando médicos a deixarem RO

Veja também um imigrante mulçumano, socialista vira prefeito de Nova York; COP 30 em Belém; governador Marcos Rocha está em uma encruzilhada; Pesquisa mostra que Confúcio Moura continua forte para 2026; e muito mais

COLUNA SEMANAL: Baixos salários e outros fatores estão levando médicos a deixarem RO

Foto: Divulgação

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Fora da Curva

 

No Brasil se falou muito pouco sobre a eleição do novo prefeito de Nova York, Zohran Mamdani(foto), 34 anos. Nem o nome dele ou o país de nascimento são norte-americanos. Ele é imigrante, mulçumano, nascido em Uganda (África), pai ugandense, mãe indiana, filiado aos Socialistas Democráticos da América, é um socialista assumido. A vitória na cosmopolita Nova York representou uma grande derrota na cidade de Donald Trump e pode ser um sinal do cansaço da população da maior cidade americana com as ações do presidente e, pior, seja também um reflexo do sentimento que pode estar imperando no restante do país, com as políticas trumpistas para os próprios norte-americanos e para o mundo.  No início da campanha, Mandani era visto como aquele que estava no jogo apenas para fazer volume e sem qualquer chance de vitória, assim também ocorreu com Barack Obama quando decidiu concorrer à presidência e todos sabem o que aconteceu. Mandani, que era deputado estadual, usou um discurso em oposição a Trump, tendo como alvos exatamente os mais pobres e esquecidos dos Estados Unidos, que são os trabalhadores precarizados, os inquilinos que não conseguem pagar alugueis fora da realidade, os imigrantes perseguidos pela polícia sem terem cometido crimes e a juventude sem espaço nos radares da política atual.

 

Discurso Certo

 

Num país assolado pela inflação, repressão violenta aos imigrantes, diminuição de benefícios sociais, aumento da população de rua e onde os milionários e bilionários ficam cada vez mais ricos, as falas de Mandani na campanha soaram como música para os novaiorquinos mais pobres e que estão na base da pirâmide social. Ele prometeu ousadia nas políticas, tais como: transporte público gratuito, congelamento dos aluguéis, construção massiva de moradias acessíveis e taxação dos grandes patrimônios. Pode até soar utópico, mas virou uma agenda de governo. “Uma Nova York para os muitos, não para os poucos”, foi um dos lemas de campanha dele junto às comunidades excluídas da cidade. A ironia nisso tudo é que Nova York é considerada a meca do capitalismo mundial e escolheu um prefeito socialista.

 

Socialista

 

Trump ainda não assimilou a derrota, mas com o seu jeito bonachão de ser classificou o jovem prefeito como “comunista lunático” e disse que irá “salvar Nova York dos socialistas”. Além, de já ter ameaçado cortar os recursos federais para a cidade. No entanto, Mamdani não baixou a cabeça e respondeu à Trump: “Se você está assistindo, Donald Trump, quatro palavras: aumente o volume”, disse na celebração da vitória. Essa eleição foi uma prova de fogo para os Republicanos e Cia, em que foram vencidos, e também para uma parte dos Democratas que o acham socialista demais. Agora, só o tempo dirá qual o verdadeiro tamanho político e quanto Mandani pode impactar Trump e, não podemos duvidar, até ameaçar o presidente norte-americano na próxima eleição para fazer o sucessor.

 

Belém

 

E a COP30 começa em Belém, no Pará, na segunda-feira, dia 10. O mundo vai ter que se olhar no espelho e encarar que as mudanças climáticas são uma realidade que mata, empobrece, cria conflitos e tem tudo para varrer a raça humana e outras formas de vida da face da Terra. A realização dessa conferência em plena Amazônia mostra que os desafios na questão ambiental em nossa região são imensos e, nos estados do Norte e Nordeste brasileiros eles são incalculáveis. São problemas que só poderão ser resolvidos com a união de todos em todos os continentes, afinal, o que acontece na maior floresta tropical do mundo afeta o mundo inteiro. Promessas e compromissos foram feitos em outras Cops, mas não foram cumpridos. Prova disso, é que o planeta continua subindo a temperatura devido as ações humanas e o risco de chegarmos a um estágio irreversível é real. Os Estados Unidos são considerados um dos maiores poluidores do planeta e o presidente norte-americano já disse que não acredita em mudanças climáticas e não está nem um pouco preocupado com questões ambientais. Um negacionista que não enviou nenhuma representação americana à Belém. Desprezou a todos! A China é também um dos grandes poluidores do planeta, porém, ao contrário dos norte-americanos tem se mostrada mais aberta ao diálogo e na busca de soluções.  Tanto que enviou uma delegação que se juntará aos mais de 100 países que estarão na capital paraense. Vamos torcer para que desse evento saía algo concreto e não tenha sido apenas mais uma regabofe internacional.

 

Mortos

 

Uns chamam de sucesso e outros de desastre. Estamos falando da Operação policial Contenção, no Rio de Janeiro, contra a facção criminosa Comando Vermelho, que deixou como resultado 121 mortos na ação nos complexos da Penha e do Alemão. Destes, 4 eram policiais. O restante, segundo as forças policiais, era de envolvidos com facções crimes e nos mais variados tipos de delitos. A cena de corpos lado a lado em uma praça pública chocou o mundo e mostrou que matar não é a solução para um problema que está muito além de cadáveres. As forças policiais fizeram a parte dela e mais que isso, mas de que forma essas mortes abalaram, diminuíram ou acabaram com o tráfico de drogas, armas e o envolvimento de jovens com esses grupos criminosos? Matanças como essas ocorrem há tempos no Rio de Janeiro, aconteceram chacinas famosas no noticiário policial: Vigário Geral, Candelária, Acari entre outras. Matou-se e não se resolveu o problema. O governador carioca Claudio Castro, visivelmente constrangido com o resultado da operação, está tentando colocar as facções criminosas como grupos terroristas, em mais uma jogada dessa partida macabro eleitoreira para 2026. Para isso, estão em contato com o Governo norte americano, o que pode ser um tiro no pé contra o próprio sistema econômico nacional. Se isso ocorrer como defendem alguns, os americanos poderão sancionar um setor da economia nacional onde uma empresa é suspeita de ligação com organizações criminosas, alegando que é usado para favorecer terroristas, o que iria impactar em todos os atores, criminosos ou não. Essas ideias fáceis, não deram certo em lugar nenhum, vejam o exemplo da Colômbia, onde a guerra contra o tráfico, apoiada pelos americanos não resolveu o problema. Esse discurso de que só matar resolve é um canto de sereia que se repete anos após anos. Mataram mais de cem dessa vez que, com certeza, já foram repostos.

 

Marcos Rocha

 

 

E nas terras de Rondon, os bastidores da eleição de 2026 estão bem agitados. Todo mundo tentando de alguma forma se viabilizar para a disputa, que não será mel com mamão para ninguém. Mas um caso em especial, tem chamado a atenção, trata-se do governador Marcos Rocha. Fortes rumores dão conta que ele pode não ser candidato ao Senado como estava programado e decida ficar no comando do CPA até o fim. Isso para não entregar o ‘cajado’ para o vice, Sérgio Gonçalves. O temor é que, caso faça, depois da treta que houve entre os dois, Sérgio e o irmão Junior venham com sede de vingança para cima dele, deixando-o sem a máquina que teve para a reeleição passada ou qualquer apoio do governo estadual. Além disso, se ficar no cargo estará enterrando os sonhos da esposa, Luana Rocha, e do irmão, Sandro Rocha, de concorrerem a cargos eletivos. No caso, ela viria para deputada federal e ele para deputado estadual. Como se não bastasse essa encruzilhada, ainda existe o risco de ficar fora da política para sempre. Marcos Rocha vai precisar de muita hora nessa calma para decidir qual o rumo tomar! Vai precisar orar muito para achar uma solução!

 

Ainda no jogo

 

Essa semana, uma pesquisa feita pelo Instituto Phoenix, divulgada na última quarta-feira (6), sobre a intenção do eleitorado na hora de votar para governador de Rondônia, deixou muito gente espantada com o resultado. No levantamento, o senador Confúcio Moura (MDB), aparece liderando a corrida, mesmo sem ter anunciado se pretende ou não disputar a vaga que pode trazê-lo de volta ao CPA. Se os números estiverem certos, eles mostram que o mais antigo e experiente político rondoniense em atividade, ainda tem muita energia para queimar. Veja como ficou o resultado: Confúcio Moura aparece com 24,6% das intenções de voto; depois, vem o deputado federal Fernando Máximo (União Brasil), com 20,1%. Em terceiro lugar está o prefeito de Cacoal, Adailton Fúria (PSD), com 15,9%, e em quarto lugar o advogado Samuel Costa (Rede), com 5,6%. Mas muita coisa pode acontecer para todos, para cima ou para baixo. No entanto, para quem vive dizendo que Rondônia é de direita e bolsonarista, essa pesquisa mostra que algo está mudando na percepção do eleitorado local. Confúcio está claramente alinhado à Lula e fazendo, o que deve ser feito: trazendo recursos para Rondônia e colocando o Estado no mapa nacional de obras e desenvolvimento. O eleitor ao que tudo indica, por enquanto está gostando do que ele está fazendo!

 

Marqueteiros

 

Na leitura do quadro político atual, o que se percebe é que os marqueteiros terão muito trabalho em 2026. Afinal, mesmo com a mudança de humor, a bolha extremista do bolsonarismo continua atuando em muitos rincões de Rondônia e, sendo assim, os candidatos majoritários terão que desenvolver dois discursos nas eleições. No interior precisam ser bolsonaristas extremistas. Em Porto velho precisam ser centro moderado. Não será uma tarefa simples!

 

Sem Importados

 

Em outro ângulo desse quadro, os candidatos ao Senado em Rondônia podem manter a briga entre si, sem medo de importados. Cabo Daciolo não decolou e não ameaça ninguém por aqui. Santa Catarina está numa campanha forte Fora Carluxo!, inclusive com ações de mídia. Papai Bolsonaro já descartou Carluxo em Rondônia, porque apoia o Bruno Scheid e a Michele apoia a Silvia. Então Carluxo deve ir para Roraima. No Acre também não tem espaço para ele!

 

Cabide

 

E o deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO), bolsonarista roxo, foi pego no pulo do gato. O portal Metropolis noticiou que ele resolveu fazer do gabinete em Brasília, uma extensão da residência dele, empregando a mulher, uma cunhada e dois concunhados.  Nessa brincadeira já foram pagos em torno de R$ 2,1 milhões em salários para a parentada. Somente a companheira do militar teve remuneração bruta que chegou a R$ 18.719,88, mais auxílios. Ao ser questionado pelo Metropolis, na quinta-feira(06), o parlamentar disse que que não via nada errado no cabide de empregos. Porém, na sexta-feira (7/11), após a repercussão, informou ao portal que havia demitido todos os parentes. Dessa vez, ele não gritou, como costuma fazer em discursos inflamados no Congresso, para justificar o trem da alegria do gabinete. Vai vendo!

 

Bancada Cristã

 

 

E já que estamos falando sobre o Congresso Nacional, eis que, mais uma vez, os nossos parlamentares trabalham em uma bolha, totalmente desconectados da população. A mais nova ideia que está circulando entre os políticos nacionais é a criação da Bancada Cristã na Câmara dos Deputados, o projeto já está em análise e, ao que tudo indica, tem tudo para se tornar realidade. Se isso ocorrer, ela vai custar aos cofres públicos algo em torno de R$ 1,6 milhão por mês ou R$ 20 milhões por ano apenas em salários de assessores. Serão 218 cargos para nomeações nesse trem da alegria. Quem apresentou essa proposta foram os deputados Gilberto Nascimento (PSD-SP) e Luiz Gastão (PSD-CE), com apoio do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), partido ligado à Igreja Universal. Será que também permitiriam criar a bancada das religiões de raiz africanas como o Candomblé? Ou ainda, e ccomo fica a Constituição Brasileira que estabelece o estado laico brasileiro, separando Igreja e Estado e garantindo a liberdade religiosa para todos os cidadãos. Isso é previsto no Artigo 19, que proíbe o Estado de estabelecer cultos religiosos ou subvencioná-los. Imagina você, leitor, se essa moda pega. 2026 está chegando!

 

 

Médicos fora de RO

 

E Rondônia está se tornando um centro de formação de médicos. Mas isso não quer dizer que está sobrando médicos nos postos de saúde e outros centros de saúde. Uma parcela considerável de recém-formados se desencanta com as condições oferecidas no Estado e decide migrar para outras partes do país.  A coluna procurou o Sindicato dos Médicos de Rondônia (Simero) para entender os motivos. Os principais fatores, segundo o representante da entidade, que impulsionam essa evasão são os baixos salários, a pouca valorização profissional, as limitadas oportunidades de especialização e a distância dos centros urbanos mais desenvolvidos. O sindicato alerta que essa evasão de profissionais em que foram investidos tempo e recursos, e que vão exercer a medicina fora de Rondônia tem consequências negativas para a sociedade local. “A saída de médicos recém-formados tem implicações diretas para a qualidade da saúde pública em Rondônia, especialmente em áreas mais carentes e distantes dos grandes centros urbanos. A escassez de profissionais de saúde qualificados agrava o quadro de subatendimento e sobrecarga nos serviços de saúde, resultando em um atendimento de menor qualidade à população. Além disso, a evasão de médicos prejudica o desenvolvimento de políticas públicas de saúde eficientes, que dependem da estabilidade e da formação contínua dos profissionais de saúde. Isso torna ainda mais difícil o combate às doenças, a implementação de campanhas preventivas e a promoção da saúde de forma geral”, alerta.

 

COP Regional

 

Nos dias 10, 11 e 12 de novembro, Rondônia será palco da COP30 Regional, evento que reunirá lideranças indígenas, comunidades tradicionais e organizações populares para debater as contradições e falácias do chamado "Capitalismo Verde".  A iniciativa busca expor como essas propostas, que prometem soluções socioambientais, podem resultar na financeirização da natureza, especulação territorial e perda da autodeterminação dos povos originários. Organizado por entidades como o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Comissão Pastoral da Terra e Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, o encontro também reforça a mobilização pela demarcação de terras indígenas, o fim da violência contra essas populações e a rejeição ao Marco Temporal. Haverá uma mesa de diálogo na Faculdade Católica de Rondônia, no dia 12 de novembro, das 08h30 às 12h00. O endereço é avenida Gov. Jorge Teixeira de Oliveira, 4100 – Costa e Silva.

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