A morte de um homem que aparentava ter mais de 60 anos, e cujo corpo foi encontrado num prédio abandonado em Vilhena no início da tarde desta sexta-feira, 24, retrata um drama com o qual a cidade mais rica do Cone Sul de Rondônia parece ter se acostumado a conviver: idosos sem família, perambulando pelas ruas, vivendo em condições sub humanas. Quase todos dependentes químicos.
Horas após o corpo do homem cujo nome até agora não foi descoberto ser encontrado, o personagem maltrapilho e de barba branca foi sepultado como indigente. O enterro às pressas, custeado pela prefeitura, teve um motivo: o cadáver já estava entrando em decomposição.
O jornal conversou com moradores próximos ao prédio onde aconteceu o óbito, e eles disseram que o idoso desconhecido frequentemente chegava bêbado ao local onde se despediu da vida.
Alguns vizinhos do imóvel, onde outrora funcionou uma movimentada concessionária de carros, chegaram a dar comida ao idoso, mas a vida errante nas ruas, acompanhada do alto consumo diário de álcool, castigou severamente o corpo (e provavelmente também o espírito) do personagem.
No mesmo local onde o idoso deu seu último suspiro (e sem estar portando nenhum documento) costuma aparecer outro personagem vivendo nas mesmas confissões. Este, porém, tem origem e nome conhecidos: é ex-morador de Colorado do Oeste e se chama “Juvenal”.