Câmara promove maratona de discursos contra e a favor do impeachment
Foto: Divulgação
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O processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff entra neste sábado (16/4) em mais um dia de longos debates no plenário da Câmara. Os discursos na tribuna serão ininterruptos..jpg)
Os parlamentares devem adentrar a noite de hoje e amanhecer o domingo com debates entre os favoráveis e os contrários à cassação da petista, acusada de crime de responsabilidade por ter cometido as chamadas “pedaladas fiscais” em 2015 e de ter aberto seis créditos extraordinários no ano passado sem autorização do Congresso.
Na sexta (15/4), quando a Executiva do PP fechou questão a favor do impeachment e ameaçou punir parlamentares que votassem a favor da presidente, a discussão na Câmara começou com a defesa do mandato dela pelo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo. O jurista Miguel Reale Júnior foi à tribuna e disse ser necessário depor Dilma do cargo. A partir daí, cada um dos 25 partidos ganhou o tempo de uma hora para expor suas posições na tribuna.
A discussão do tempo partidário só deve terminar na tarde de hoje, entre 14h e 17h, começando as falas dos deputados em seguida. No domingo, os discursos devem terminar por volta das 9h. Às 14h, o processo recomeça com a leitura do relatório de Jovair Arantes (PTB-GO), as falas dos líderes partidários e a votação nominal de cada um dos 513 deputados.O grupo de parlamentares anti-Dilma do PP conseguiu convencer a Executiva do partido a aprovar uma resolução para fechar questão a favor da cassação da presidente. Todos os deputados deverão votar contra a petista. Segundo o deputado Jerônimo Goergen (RS), quem se ausentar da sessão de domingo ou apoiar Dilma vai responder a processo no Conselho de Ética.Contrariado, o presidente da legenda, senador Ciro Nogueira (PI), saiu da reunião ontem, no Senado, sem conversar com a imprensa. Mas Goergen disse que ele se comprometeu a votar a favor do impeachment se a Câmara aprovar o pedido. De acordo com o relato do deputado, ele e o ex-ministro Aguinaldo Ribeiro (PB) foram honestos ao explicar porque trabalharam para o partido se manter fiel ao Palácio do Planalto. No entanto, ambos reiteraram que cumprirão a determinação partidária de votar pela cassação de Dilma.
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