CARESTIA: Importadores esperam alta de até 25% nos preço dos combustíveis

O último reajuste da Petrobras nos preços da gasolina e do diesel foi há 55 dias

CARESTIA: Importadores esperam alta de até 25% nos preço dos combustíveis

Foto: Divulgação

Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.​

Embora altos para o consumidor, os preços dos combustíveis praticados pela Petrobras estão defasados e precisariam aumentar novamente para manter a paridade com o mercado internacional, segundo os cálculos da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) na última quinta-feira, 5.
 
A defasagem atual é de 17% no caso da gasolina e 25% no óleo diesel, com base nos preços de fechamento do mercado na quarta-feira, 4.
 
A expectativa das importadoras é de que um novo reajuste que cubra essa diferença possa ser anunciado "a qualquer momento", diz Sergio Araújo, presidente da Abicom.
 
O último aumento nos combustíveis foi feito pela Petrobras em 11 de março, há 55 dias. Na ocasião, a gasolina aumentou 19%, o diesel, 25%, e o GLP, usado no gás de botijão, subiu 16%.
 
Assine a EXAME e fique por dentro das principais notícias que afetam o seu bolso. Tudo por menos de R$ 0,37/dia
 
Há muita atenção cercando a divulgação do balanço da Petrobras nesta quinta-feira, após o fechamento do mercado, além de uma coletiva sobre os resultados marcada para a tarde de sexta-feira, 6. A avaliação é que alguma sinalização sobre um novo reajuste possa ser dada nessa oportunidade.
 
"Considerando essas defasagens elevadas, o tempo que a Petrobras está sem dar reajuste, e os posicionamentos da nova direção, inclusive do novo presidente, sobre a necessidade de alinhamento dos preços - até para mitigar risco de desabastecimento -, o mercado todo está na expectativa de a qualquer momento a Petrobras anunciar esse aumento", diz Araújo.
 
Uma nova diretoria da Petrobras tomou posse após a demissão do ex-presidente da estatal, general Joaquim Silva e Luna. O engenheiro José Mauro Coelho foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) à presidência da companhia, e tem dado entrevistas sinalizando que deve manter a política de paridade com o mercado internacional.
 
Além do balanço, o mercado aguarda que a Petrobras anuncie o pagamento de dividendos de até R$ 10 bilhões, como a EXAME mostrou.
 
A alta dos combustíveis e seus impactos na inflação geral têm elevado a pressão na direção da Petrobras e do governo federal contra a PPI, Política de Paridade de Importação. O modelo faz com que os preços praticados pela Petrobras no Brasil acompanhem os do mercado internacional e é usado desde 2016, no então governo Michel Temer (MDB).
 
Os preços da Petrobras valem para suas refinarias, que representam cerca de 80% dos combustíveis consumidos no Brasil. O restante é importado, a preços de mercado.
 
"Foi dado o reajuste em 11 de março, mas quase imediatamente os preços da Petrobras já ficaram abaixo, porque houve novos aumentos [no mercado internacional]", diz Araujo, da Abicom, que defende que pode haver desabastecimento, uma vez que as importadoras compram combustível a preço internacional e não conseguem concorrer com a Petrobras.
 
Além da fatia referente à Petrobras, o preço final dos combustíveis depende também de outros componentes do preço, como tributos federais e estaduais, custos de distribuição e revenda, além do preço do etanol anidro (misturado à gasolina) e do biodiesel (misturado ao diesel).
 
Qual é o preço atual da gasolina
 
Os combustíveis seguem sendo os grandes vilões da inflação, impactados pela alta no preço do petróleo com a guerra na Ucrânia e a reabertura da economia após o auge do coronavírus.
 
O barril de petróleo do tipo Brent, usado como referência pela Petrobras, era negociado na casa dos US$ 110 no fim da tarde desta quinta-feira. O preço superou o patamar dos US$ 100 no início da guerra na Ucrânia e segue alto desde então.
 
Segundo a última pesquisa de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, de 24 a 30 de abril, os preços dos combustíveis ao consumidor no Brasil foram:
 
O preço dos combustíveis também exerce pressão indireta sobre outros produtos, e a inflação brasileira tem chegado aos maiores patamares desde a consolidação do Plano Real.
 
Em 12 meses, os combustíveis subiram 30% no IPCA, um dos principais índices inflacionários, medido pelo IBGE.
 
Só na última prévia da inflação (o IPCA-15), calculada entre meados de março e meados de abril, a gasolina subiu 7,51% em um mês. Segundo o IBGE, o insumo foi o que mais impactou individualmente a cesta do IPCA-15 no mês, puxando toda a inflação para cima. Diesel (13,11%) e etanol (6,60%) também tiveram fortes altas.
 
 
Direito ao esquecimento

A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.

Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!

O TCE-RO rejeitou o novo contrato de limpeza urbana da capital; a Câmara aprovou mesmo assim. Qual sua opinião sobre isso?
Como você avalia a gestão de Eliana Pasini, titular da Semusa?

* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!

MAIS NOTÍCIAS

Cesario Ventorin

Por Editoria

PRIMEIRA PÁGINA

CLASSIFICADOS veja mais

EMPREGOS

PUBLICAÇÕES LEGAIS

DESTAQUES EMPRESARIAIS

EVENTOS