ECONOMIA: Produtos da Amazônia ganham novos mercados com rota direta para a China

Nova rota marítima entre o Amapá e a região da Grande Baía, na China, vai agilizar exportações e fortalecer o comércio bilateral

ECONOMIA: Produtos da Amazônia ganham novos mercados com rota direta para a China

Foto: Bia Reis/MIDR

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 Presença de produtos amazônicos no mercado asiático com mais rapidez. Essa é a meta do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR). Para isso, na última etapa da missão oficial à China, o ministro Waldez Góes participou de três compromissos relacionados à nova rota marítima direta entre a região da Grande Baía (Guangdong‑Hong Kong‑Macau) e o Porto de Santana das Docas, no Amapá. O objetivo é fortalecer o comércio internacional com foco no desenvolvimento regional, bioeconomia e integração produtiva.
 
No sábado (16/8), a delegação brasileira visitou o Porto de Gaolan, em Zhuhai, um dos principais terminais da Grande Baía e ponto estratégico para o fortalecimento do comércio com o Brasil. Ainda na cidade, os representantes do MIDR conheceram a sede da Plataforma Integrada de Serviços Econômicos e Comerciais Sino-Latino-Americana, iniciativa que busca facilitar transações comerciais em parceria com a empresa Zhuhai Sino-Lac Amazônia e a Companhia Docas de Santana.
 
A rota marítima reduz custos logísticos, diminui o tempo de transporte e fortalece o comércio bilateral. O primeiro navio tem previsão de chegar em breve ao Porto de Santana, o que confirma o progresso da iniciativa. Essa conexão amplia a presença dos produtos amazônicos no mercado asiático e intensifica o intercâmbio comercial com a América Latina”, afirmou o ministro
 
O Porto de Gaolan entrou em operação há 20 anos e, neste ano, passou a contar com a rota direta para o Amapá, devido ao diálogo político do presidente Lula com o presidente Xi Jinping, que intensificou as relações bilaterais Brasil-China.
 
De acordo com o CEO da Sino-Lac Amazônia, Marcius Nei Santos, o primeiro navio que saiu de Zhuhai chega a Santana ainda neste mês e já está previsto um segundo embarque para setembro. Ele ressaltou que a nova conexão reduzirá drasticamente o tempo de transporte entre a Amazônia e a China.
 
'Nossa meta é que um navio saindo de Santana chegue a Zhuhai em 30 a 35 dias, o que é excepcional. Hoje, uma carga enviada pelos portos do Arco Norte da região amazônica leva, no mínimo, de 90 a 180 dias para chegar a um porto chinês. Toda essa estrutura vai alavancar a venda e a isenção (de barreiras comerciais) dos produtos brasileiros no mercado chinês', explicou o CEO da Sino-Lac Amazônia
 
A área da Grande Baía de Guangdong possui o maior Produto Interno Bruto (PIB) da China. 'São 120 milhões de consumidores com um potencial muito grande de absorver os produtos da Amazônia, como açaí, castanhas, peixes, carne bovina, madeira e minérios', destacou Marcius Nei. Além de atender à demanda interna, a partir da Grande Baía, as cargas provenientes do Brasil também podem alcançar outros mercados estratégicos, como Vietnã, Indonésia, Japão e Coreia do Sul.
 
Durante a visita à sede da Plataforma Integrada de Serviços Econômicos e Comerciais Sino-Latino-Americana, a delegação brasileira conheceu a estrutura de armazéns refrigerados, de congelados e de carga seca, além de dois blocos de prédios exclusivos para o Brasil. Esses espaços têm capacidade para receber até 150 empresas brasileiras interessadas em se instalar na China.
 
'É uma oportunidade única para que companhias do Brasil abram filiais em Zhuhai e coloquem seus produtos diretamente à disposição do consumidor chinês. É um momento particularmente oportuno porque a relação comercial Brasil-China, que já é a principal do nosso País, tende a crescer ainda mais. Estimamos um potencial para aumentar duas ou três vezes os valores de intercâmbio comercial (nos próximos anos)', concluiu o CEO da Sino-Lac Amazônia.
 
O deputado federal Paulo Pimenta (RS), que integrou a comitiva do MIDR, afirmou que, além da rota já estabelecida entre Gaolan e o Porto de Santana, está em avaliação a criação de uma nova ligação marítima. 'Discutimos a possibilidade de ampliação para outras rotas, incluindo o Rio Grande do Sul. Aqui está o futuro, a possibilidade de ampliação das nossas exportações', declarou.
 
Cooperação sub-regional
 
Na sexta-feira (15/8), a delegação brasileira cumpriu uma intensa agenda institucional em Zhuhai, participando de encontro com o vice-presidente do Comitê Municipal de Zhuhai da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, Zang Song. A ocasião reiterou a importância da integração econômica e logística entre o Porto de Gaolan e o Porto de Santana.
 
O ministro Waldez Góes ressaltou que a cooperação com a Província de Guangdong abre espaço para diversificar exportações brasileiras e fortalece uma agenda voltada à bioeconomia, à inovação e ao desenvolvimento regional.
 
A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial identificou grande potencial para produtos como castanha-do-pará, pimenta e café nos mercados da China, Japão e Europa. Esses produtos possuem valor ambiental, social e econômico, gerando renda para milhares de famílias na Amazônia. O Amapá apresenta condições semelhantes, com destaque para cadeias produtivas sustentáveis e localização estratégica”, ressaltou
 
O vice-presidente Zang Song destacou o interesse mútuo de Brasil e China em aprofundar suas relações. 'Nosso objetivo é consolidar o Porto de Gaolan como eixo de importação das mercadorias brasileiras, permitindo que cheguem diretamente a Zhuhai e sejam distribuídas para toda a Ásia. Com a presente rota marítima, queremos fazer uma rota para navios de contêineres de especialidades', afirmou
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