Um conselho formado por representantes de órgãos públicos, sociedade civil e instituições de pesquisa foi instituído para gerir um fundo de R$ 5 bilhões destinado à recuperação da Bacia do Rio Doce, uma das regiões mais afetadas pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), ocorrido em 2015.
O recurso integra as medidas de reparação previstas no acordo entre a União, os governos de Minas Gerais e Espírito Santo, além da mineradora Samarco e suas controladoras, Vale e BHP Billiton. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o fundo tem caráter permanente e deverá financiar projetos de recuperação ambiental, revitalização hídrica e desenvolvimento sustentável em toda a bacia.
Entre as prioridades estão a recomposição da vegetação nativa, ações de saneamento básico, monitoramento da qualidade da água e investimentos em comunidades ribeirinhas impactadas. O conselho também terá a função de aprovar projetos apresentados por instituições públicas e privadas, garantindo transparência e participação social no uso dos recursos.
A expectativa é que os investimentos contribuam para a retomada da qualidade ambiental e para a melhoria das condições de vida de milhares de famílias que dependem do Rio Doce para o abastecimento e a subsistência.
Especialistas avaliam que o desafio é garantir a correta aplicação dos recursos e evitar burocracias que atrasem os projetos. “Esse fundo é uma oportunidade histórica de reparar danos e pensar em um futuro mais sustentável para a região”, afirmou em nota a Fundação Renova, responsável por parte das ações de reparação.