ESTÉTICA COM SEGURANÇA: Caso de Juju do Pix reacende alerta sobre riscos de procedimentos clandestinos

O planejamento cirúrgico envolve desde a análise das condições clínicas e físicas do paciente até a definição da técnica

ESTÉTICA COM SEGURANÇA: Caso de Juju do Pix reacende alerta sobre riscos de procedimentos clandestinos

Foto: Reprodução

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A desfiguração do rosto da influenciadora Juliana Oliveira, conhecida como Juju do Pix, voltou a expor um problema recorrente no Brasil: os graves riscos de procedimentos estéticos realizados em clínicas clandestinas. Na última quinta-feira (20), Juliana passou por uma cirurgia para retirada de óleo mineral do rosto, conduzida pelo cirurgião Thiago Marra, no Hospital Indianópolis, em São Paulo. A intervenção buscou corrigir danos provocados por um procedimento estético realizado ilegalmente em 2017.
 
Natural de Passo Fundo (RS), Juliana é uma mulher trans que reúne cerca de 48 mil seguidores no Instagram. Ela ganhou notoriedade nas redes ao compartilhar as dificuldades que enfrentava para conseguir emprego devido às deformidades causadas pelo óleo mineral. Em lives frequentes, pedia doações para custear a cirurgia reparadora — hábito que lhe rendeu o apelido de Juju do Pix.
 
Enquanto casos como o de Juliana se multiplicam, a busca por cirurgias estéticas segue intensa no país. Segundo levantamento da ISAPS International Survey on Aesthetic/Cosmetic 2024, o Brasil realizou 2.354.513 procedimentos cirúrgicos no ano passado, liderados por lipoaspiração (289.766), aumento de mama (232.593), cirurgia de pálpebras (231.293), abdominoplastia (192.961) e aumento de glúteos (168.272).
 
 
Como fazer procedimento seguro
 
Diante desse cenário, especialistas reforçam a importância de critérios rigorosos na escolha do cirurgião e do local do procedimento. Para o cirurgião plástico Dr. Ricardo Gozzano, a segurança deve ser sempre o ponto de partida. Ele orienta que o paciente confirme se o médico possui especialização em cirurgia plástica registrada no CRM (RQE) e reconhecimento pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). “Também é essencial verificar se o profissional tem experiência na área desejada e se participa de cursos voltados para contorno corporal”, afirma.
 
O médico destaca ainda a importância da infraestrutura: cirurgias devem ser realizadas em hospitais com suporte de emergência e UTI. A avaliação pré-operatória, segundo ele, precisa ser completa, incluindo exames laboratoriais, risco anestésico e análise do histórico de saúde, estilo de vida e IMC do paciente. “O trabalho em equipe multidisciplinar, com anestesista experiente, enfermagem treinada e fisioterapeuta especializada, também é indispensável”, acrescenta. 
 
 
Gozzano ressalta que a transparência deve guiar toda a relação médico-paciente. Isso inclui explicar benefícios, riscos, possíveis complicações e expectativas reais. Pesquisar reputação e resultados do profissional, bem como garantir acompanhamento pós-operatório, são passos fundamentais.
O planejamento cirúrgico, pontua o especialista, envolve desde a análise das condições clínicas e físicas do paciente até a definição da técnica, local da cirurgia, tempo estimado, uso de antibióticos, drenos e malhas compressivas. Orientações pré-operatórias — como ajustes de medicamentos, suspensão do tabagismo e álcool, e jejum adequado — completam a preparação segura.
 
O caso de Juliana reforça a urgência de combater a atuação de clínicas clandestinas e de fortalecer a cultura de segurança em procedimentos estéticos. A busca por resultados rápidos, alerta o especialista, não pode superar a necessidade de cuidados médicos qualificados
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