RONDÔNIA: Estudante de escola pública ganha terceira medalha na Olimpíada Brasileira de Matemática

No último dia 20/12, o aluno da rede pública de Rondônia, Jhonatan Kallil Bernabé (16), de Ji-Paraná, conquistou sua terceira medalha na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), tendo agora um ouro e dois bronzes na olimpíada.

A OBMEP é um projeto nacional dirigido às escolas públicas e privadas brasileiras, realizado pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada - IMPA, com o apoio da Sociedade Brasileira de Matemática – SBM, e promovida com recursos do Ministério da Educação - MEC e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações– MCTI.

Em 2019, após descobrir e participar da olimpíada, Jhonatan ganhou medalha de bronze, a primeira das três. Com essa medalha, ele garantiu a sua participação no Programa de Iniciação Científica (PIC), onde teve aulas de matemática com outros medalhistas. Com a bolsa que recebeu do programa, conseguiu comprar seu primeiro celular, por onde estudou para a OBMEP de 2021, garantindo ouro e ficando entre os 600 melhores estudantes dos mais de 17 milhões de participantes do país

Após o ouro, ele participou de outras competições do conhecimento. No fim de 2021, competiu no Torneio de Educação Financeira (TEF), ficando em 4.° lugar de toda região Norte, garantindo ouro e seu primeiro Notebook.

Em 2022 com o notebook que ganhou como prêmio, iniciou na ciência cidadã. Participou do projeto “Galaxy Cruise”, ou Cruzeiro das Galáxias, do Observatório Astronômico Nacional do Japão (NAOJ na sigla em inglês), onde analisou mais de 300 galáxias, por meio de imagens enviadas do Telescópio Subaru, no grupo da divulgadora científica Larittrix, em conjunto com o Math Show Olimpics (MSO), maior comunidade olímpica do Brasil, na qual é voluntário.

Também participou de duas campanhas do Caça Asteroides MCTI, um programa em parceria entre o Ministério da Ciência Tecnologia e Inovações e o International Astronomical Search Collaboration (IASC/NASA Partner), formando uma equipe em que dois integrantes obtiveram detecções preliminares de asteroides, Leonardo Victor e Eduardo Jerônimo, tendo sua mãe, Ariele Ribeiro, como líder de Equipe.

“Por meio das olimpíadas, descobri que tenho interesse nas áreas de exatas, principalmente matemática e astronomia. Esss é uma das principais razões de gostar de participar dessas competições, pois ajuda-me a descobrir novas áreas, além de ser um grande incentivo para os estudos, sempre me cobra a aprender mais e dar meu melhor", afirma Jhonatan.

Outras premiações

No mundo das olimpíadas científicas Jhonatan Kallil não é premiado apenas na OBMEP. Ele já soma diversas premiações. Entre elas, está a medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), sendo o único de sua cidade a conquistar tal colocação; é medalhista de bronze da Olimpíada Nacional de Ciências (ONC), conseguiu ouro e a primeira colocação em sua categoria na Olimpíada dos Ambientes Polares e Marinhos (Polar ON); honra ao mérito na Olimpíada Internacional de Matemática da Tailândia (TIMO na sigla em inglês); prata regional e bronze nacional na Olimpíada Internacional de Matemática sem Fronteiras (OIMSF); Menção Honrosa na Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR); prata na Olimpíada Mandacaru de Matemática; prata na Sapientia, Olimpíada do Futuro;  bronze na Olimpíada Nacional de História do Brasil Aberta para Todos (ONHB-a) e Menção Honrosa na Olimpíada do Bicentenário da Independência do Brasil (OBIB).

Desenhista

Além de estudante Jhonatan também é artista, desenha há três anos e já foi premiado na área. Em 2022 conseguiu bronze no Torneio Internacional de Arte de Singapura (SIAT, na sigla em inglês), torneio esse que contou com participantes de diversos países.

 “A arte é uma das minhas paixões, por onde me exponho e expresso. É por meio dela que utilizo e treino minha criatividade e capacidade de criar", pontua o estudante.

“Quero deixar meus agradecimentos a Deus, à minha família, meus pais Ariele e Neto e meus irmãos Kalebe e Emily, que sempre me apoiaram e incentivaram, assim como a meus amigos que conheci por meio das olimpíadas, Samuel, Cleviane, Guilherme, Walmir e Thais, do grupo OBMESIX, que criamos para a divulgação científica", declara

Ainda segundo ele, "Quero agradecer ainda a todos os grupos e divulgadores científicos do Brasil que me apresentaram esse mundo, bem como à escola Gonçalves Dias - diretoria e professores ( especialmente a professora Luana Fraga),  que me deram apoio em meus projetos ao longo deste ano. Obrigado a todos que colocaram ao menos uma pedrinha em todo caminho que percorri, todos fizeram parte dessa jornada".