A série “Alien: Earth”, que é derivada da franquia cinematográfica iniciada em 1979 com o clássico filme “Alien, o Oitavo Passageiro”, do diretor Ridley Scott - e rendeu seis continuações (“Aliens, O Resgate”/1986; “Alien 3”/1992; “Alien - A Ressurreição”/1997; “Prometheus”/2012; “Alien: Covenant”/2017 e “Alien: Romulus”/2024) – está disponível no catálogo de streaming da Disney e encerrou a sua temporada na terça-feira (23), no oitavo episódio e, claro, com alguns ganchos para uma promissora segunda temporada.
A série expande a franquia já com uma proposta ousada, com a história se passando na Terra pela primeira vez, situando-se em 2120, dois anos antes do primeiro filme de 1979, "Alien - O Oitavo Passageiro". Na trama vamos acompanha Wendy (Sydney Chandler), uma híbrida humano-sintética, que faz parte de uma experiência bem sucedida do multibilionário e gênio Boy Cavalier (o bom ator Samuel Blenkin), e vai integrar uma equipe de soldados que investiga a queda de uma grande nave na Terra, na cidade de Prodigy, que pertence a mega corporação Weyland-Yutani.
Na série o planeta é dividido em cinco megacorporações, tanto na América quanto na Europa e outros continentes. Elas são concorrentes e tem as mesmas intenções de exploração interespaciais, a ponto de uma querer derrubar a outra.
Nas explorações espaciais as empresas visam principalmente a capturas de espécimes alienígenas e a busca da arma biológica de combate perfeita.
Quando a nave espacial Maginot cai na Terra, Wendy vai até ela em busca do irmão mais velho, unida a outros sintéticos jovens, acompanhando os soldados táticos fazem uma descoberta que os coloca frente a frente com a maior ameaça do planeta.
A história já inicia em plena ação nos transportando direto para uma sequência inesquecível dentro da nave Maginot, que transporta um grupo de cientistas e trabalhadores de uma outra corporação que estão conduzindo uma carga biológica muito valiosa, entre elas um Xenomorfo, com seu ciclo de vida de Ovo, Facehugger e Chestburster.
Mas os cientistas mantém outras criaturas como prioridade da carga, entre ela carrapatos e plantas, são animais e um vegetal oriundos de várias faunas e flora de planetas explorados pelo grupo. Inclui um dos alienígenas mais sinistros e traiçoeiro, um T. Ocellus – que é um olho com tentáculos e tem o poder de persuadir e manipular a mente de quem ele controla – esteja morta ou viva.
A partir dessa nave ter caído na cidade, vamos descobrir personagens, situações de suspense e ataques brutais do Alien, o xenomorfo, contra as pessoas.
A sintética Wendy vai nos conduzindo aos meandros dessa trama que cresce a cada episódio com revelações, e tudo vai sendo coerente. E através de seu grupo de amigos, também sintéticos, chamado de Lost Boys, ela vai percebendo que a sua mente transposta de uma pré adolescente está amadurecendo diante das situações que vai passando no perigo iminente da criatura solta na base científica onde vive.
O roteirista e criador da série, Noah Hawley, nos proporciona uma série que apresenta ação, suspense, mortes brutais, além de uma conspiração corporativa com meandros aparentemente obscuros, mas que vai ganhando clareza conforme vamos presenciando o cruzamento entre as tramas dos personagens e até das criaturas.
O quinto episódio é o melhor de todos, sem tirar o mérito dos outros. Mas, esse especificamente, é um fan service de citações e referências ao clássico Alien de 1979. Tá tudo ali. Vai mostrar anteriormente o que levou a nave Maginot a perder o controle no espaço e cair na Terra, na cidade de Prodigy.
O interior da nave é idêntica a Nostromos – do filme -, com os corredores claustrofóbicos, tecnologia retrô, aliada ao suspense latente, assim como mostra o ovo que eclode e infecta um membro da tripulação, o xenomorfo voraz e a eliminação de cada um dos membros. O roteirista ainda acrescenta o ataque silencioso de uma espécie de carrapato alienígena canibal que faz miséria na nave.
“Alien: earth” é pura ficção científica de terror e suspense que proporciona um carrossel de emoções e transforma numa diversão muito acima da média.
Aproveite o final de semana e faça uma maratona assistindo os oito episódios numa tacada só. Já é, com certeza, uma das melhores séries de 2025.