EXPECTATIVA: Julgamento de Cassol pode definir os rumos das próximas eleições em RO

Se for mantido o entendimento do ministro do STF, Nunes Marques, o ex-senador Ivo Cassol estará judicialmente apto a disputar o governo este ano

EXPECTATIVA: Julgamento de Cassol pode definir os rumos das próximas eleições em RO

Foto: Divulgação

O Supremo Tribunal Federal (STF) agendou para esta quarta-feira, 9, julgamento da liminar concedida por Nunes Marques sobre a contagem de tempo de inelegibilidade da Lei da Ficha Limpa. Se for mantido o entendimento de Marques, o ex-senador Ivo Cassol estará judicialmente apto a disputar as eleições para governo este ano, desejo que ele não esconde.
 
Cassol, que também governou Rondônia por dois mandatos consecutivos, era chamado de ‘ditador’ por seus oponentes. Logo em seu primeiro mandato enquadrou 23 dos 24 deputados estaduais que viviam de esqueminhas com o então governador José Bianco, recebendo uma mesada gorda através de ‘fundações assistenciais’ ou contratos com empresas de parentes. Quando foram para cima de Cassol com a mesma ladainha, o italiano gravou as conversas em vídeo e o Fantástico colocou no ar.
 
Sem oposição, Cassol seguiu a vida, foi reeleito e quase conseguiu emplacar o pálido vice, João Cahúlla, não fosse a frente agressiva montada por Confúcio Moura que também governou Rondônia por dois mandatos e levou o Estado à bancarrota com seu jeito ausente de governar.
 
Mas os tempos são outros. Apesar de ter uma legião de simpatizantes, o fato de ser liberado pela legislação para disputar a eleição, não necessariamente quer dizer que Cassol sairá vencedor da disputa. 
 
O italiano terá que enfrentar, caso esteja apto, resquícios do grupo político de Confúcio Moura, que ainda sobrevive no governo de Marcos Rocha, toda a estrutura governamental e claro, uma nova era onde impera a mentira, campanhas sujas e uma forte oposição por parte daqueles que, quanto pior melhor.
 
Temos ainda uma nova conjuntura com lideranças de peso, que não podem ser ignoradas nem subestimadas, uma delas é Léo Moraes, que tem forte presença na capital, lugar onde Cassol tem maior rejeição. Além disso, Moraes tem uma ficha irretocável, sem processos, sem pendências e com histórico de respeito aos cofres públicos, coisa rara entre a classe política, principalmente a atual, que nada de braçada nas mamatas do erário.
 
Cassol também é visto com desconfiança por grande parte da classe empresarial e do agro, que prefere alguém mais fácil na hora de sentar para conversar, e o italiano já mostrou que é duro na queda.
 
Ivo também terá que convencer a nova geração de eleitores que sua condenação foi injusta, o que vai ser difícil. Terá que construir uma imagem em um curto espaço de tempo. Reduzir rejeição é tão ou mais importante que ter números positivos em uma pesquisa eleitoral. E neste quesito, Cassol lidera faz tempo. 
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