EXCLUSIVO - Dissidência entre assentados do “Flor do Amazonas” pode prejudicar apuração policial de ataque criminoso - Confira os vídeos
Foi exposto que existe dois grupos distintos entre os assentados e que por isso não existe uma liderança absoluta, mas sim representação legal que é contestada por alguns. >>>
Na verificação realizada por uma comissão formada pelas polícias civil, militar e federal, juntamente com a ouvidoria agrária regional e comissão de justiça e paz, realizada na tarde de terça-feira (03), no assentamento Flor do Amazonas, localizado na Fazenda Urupá, 20 km de Candeias do Jamari, durante a apuração, visitando os barracos queimados e conversando com alguns assentados que perderam tudo no ato criminoso ocorrido no último dia 29, foi exposto que existe dois grupos distintos entre os assentados e que por isso não existe uma liderança absoluta, mas sim representação legal que é contestada por alguns.
Essa representação legal é feita pelo advogado Águia Azul, que possui procurações de muitos assentados, permitindo que ele represente a maioria daquele grupo. Porém uma dissidência contesta a prática do exercício legal dos trabalhos advocatícios de Águia Azul, alguns dissidentes o acusam inclusive de supostamente estar grilando terras dentro do assentamento.
“Águia Azul” rebateu as acusações e desafiou esses dissidentes a provarem as acusações, ameaçando inclusive a interpelar judicialmente quem o acusa.
Alguns depoimentos colhidos no local na tarde de ontem (03) apontam três suspeitos, apesar de muitos assentados afirmarem ter vistos os rostos durante a ação terrorista. Um assentado, chamado de Valdir do Pano, apontado por alguns como líder do assentamento, foi acusado de ter ameaçado de morte um dos companheiros.
Na conversa com a comissão ficou acertado que cada lado, a da liderança do assentamento e do grupo dissidente, mandaria seus representantes para serem ouvidos pela polícia.
Confira nos vídeos abaixo alguns depoimentos colhidos pela comissão e a discussão que mostrou a dissidência que ocorre dentro do assentamento Flor do Amazonas. (Marcos Souza)