Representantes da terceira maior companhia marítima do mundo, a CMA CGM, visitaram na última segunda-feira (15) a Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (SOPH), com o propósito de prospectar futuras alianças de negócio. O gerente da filial em Manaus, Angelo Cristiano Pedroni, foi recebido pelo diretor presidente da SOPH, Ricardo Sá.
om uma frota de mais de 400 navios - a companhia possui os maiores cargueiros de contêineres do mundo, capaz de levar até 16 mil contêineres - o grupo está presente em 150 países de todos os continentes e tem interesse em ampliar ainda mais seus negócios no Brasil. O grupo vislumbra excelentes perspectivas através da rodovia transoceânica, projetada para ser um corredor de commodities e que liga o Brasil ao Oceano Pacífico.
Rondônia está estrategicamente localizada no meio desse caminho de integração comercial e é fundamental para o escoamento de carne, minérios e outros produtos. "A Rota do Pacífico é a segunda opção que nós temos para importar cargas da China, através do Peru até Assis Brasil (AC), de lá até Porto Velho, pelo modal rodoviário, e seguindo do Porto da Capital pela Hidrovia Madeira/Amazonas para atender 60 indústrias em Manaus", destacou Pedroni.
Segundo estudos prévios, com a utilização dessa nova rota será possível ter uma economia de até US$ 400 por tonelada e uma redução de 28 dias da saída do produto até o destino final, quando comparada ao Canal do Panamá.
"Dotar o porto de toda infraestrutura necessária para melhorar a competitividade e a dar eficiência às operações portuárias, tem sido prioridade para o governador Confúcio Moura", enfatizou Ricardo Sá. Para o presidente da SOPH a visita do grupo francês sinaliza que "o mercado tem visão estratégica de que o Porto Organizado da Capital é uma porta aberta para as rotas mundiais de comércio porque aproxima distâncias e amplia as oportunidades de negócio", finalizou Sá.
As principais cargas desse grupo europeu, movimentadas entre o Brasil e o restante do mundo, são compostas de produtos pré-fabricados de madeira, madeira, peças de automóveis, equipamentos industriais, além de cargas refrigeradas, que registram forte aumento de demanda, sobretudo sucos, carnes bovina e suína e frango. Mas para viabilizar a importação desses produtos, via Rota do Pacífico, resta ainda derrubar a barreira aduaneira que inviabiliza a integração comercial pela transoceânica.