O dia 5 de maio foi instituído como “Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos” para alertar a sociedade sobre os riscos da automedicação para saúde.
Dados da Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas (Abifarma) apontam que cerca de 20 mil pessoas morrem anualmente no país por automedicação.
Em 1985, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu a emergência de se disseminar o uso racional de medicamentos (URM) quando há administração adequada de fármacos, considerando as necessidades clínicas e individuais de cada paciente.
No Brasil, a data tem campanhas, para além de promover a conscientização e as boas práticas, alertar para os riscos que podem ser causados à saúde pela automedicação e pela ingestão inadequada de fármacos.
Rogélio Rocha Barros, que é presidente do Conselho Regional de Farmácia (CRF) de Rondônia, orienta as pessoas que têm dúvidas sobre medicamentos, consultem o farmacêutico.
“O farmacêutico atua como guardião, protegendo a sociedade e garante o acesso seguro aos medicamentos. Ressaltamos que todo medicamento é uma droga, portanto, é necessário a orientação de um profissional”, disse ele.
A medicalização inadequada pode causar reações adversas à saúde da população, com impacto, ainda no crescimento de índices de intoxicação, dependência e iatrogenia (estado de saúde com efeitos colaterais ou agravamentos resultantes do tratamento médico). Também gera consequências que podem comprometer o abastecimento das farmácias.
Campanha deste ano foca no uso de remédios para emagrecer, que podem ter causado a morte da cantora Paulinha Abelha, da banda Calcinha Preta
“A preocupação sempre existiu com a automedicação. Agora, principalmente com a Covid, uma vez que muitas pessoas têm o costume de tomar medicamentos aleatoriamente. Muitas quando sentem dor de cabeça de cabeça, por exemplo, pensando ser algo simples, e às vezes já é a doença se manifestando”, destacou Rogélio Rocha Barros.
Impacto
O foco da campanha neste ano do Conselho Federal de Farmácia (CFF) e conselhos regionais são os riscos da automedicação no uso de produtos emagrecedores, principalmente aqueles divulgados como “fórmulas milagrosas”.
Esse tema surgiu após mortes, como da cantora Paulinha, da banda Calcinha Preta, que pode ter ocorrido por complicações de medicamentos para emagrecer.