AUTISTAS: Mães atípicas fazem campanha de arrecadação para ajudar outras mulheres

Em Rondônia, representantes ajudam mães que passam por dificuldades

A Campanha Flor de Maio, lançada recentemente, será permanente, segundo mães atípicas que procuraram o Rondoniaovivo. De acordo com elas, o projeto quer atender as famílias cadastradas em situação de insegurança alimentar.

 

Quem puder ajudar a campanha, pode doar qualquer quantia por meio da chave PIX (CNPJ) 40782042000146 em nome do Centro de Referência Inclusiva e Apoio às Famílias Pequeno Príncipe.

 

“A prestação de contas do projeto será sempre no mês de maio, mês das mães e buscamos apoio da sociedade. Hoje temos uma rede de mães do Brasil inteiro que se ajudam mutuamente. Porém, nos últimos 4 anos a situação de vulnerabilidade dessas famílias aumentou significativamente. Daí surgiu o projeto, em parceria com o CRIAF [Centro de Reintegração Inclusiva Para Autistas e Famílias] e o Instituto Inflorescência”, disse Ângela Silva, uma das idealizadoras da iniciativa, que vive no Rio de Janeiro e falou com o jornal eletrônico.

 

Mães atípicas fazem campanha nacional para ajudar outras mães que passam dificuldades - Foto: Unlisted/Stock Photos - Agência Senado

 

Em Rondônia, uma das mães que ajudam e é ajudada é Alzira Vogt, de Ariquemes. Ela atua há 10 anos no apoio de outras mulheres atípicas que precisam de apoio na criação dos seus filhos autistas.

 

“Sempre amparamos, independente do lugar que encontramos e a necessidade de cada uma. Corremos até encontrar ajuda. Estamos atrás de parcerias, mas com as doações em dinheiro conseguimos dar melhor atendimento com alimentação, remédios e até pagar um aluguel”, observou ela.

 

E completa: “Estas mães vivem em situações desumanas com seus filhos. Eu sempre fui auxiliada por uma equipe maravilhosa de associações, entre elas, a Flor da Vida com a medicação da minha moça”.

 

Ângela Silva atua há 30 anos na luta pelos direitos das mães atípicas - Foto: Arquivo Pessoal

 

Detalhes

 

Além da ajuda humanitária, a Flor de Maio quer auxiliar nos tramites da família junto ao CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) de suas cidades, com atendimento psicológico online. O objetivo, segundo Ângela Silva, é ajudar e lutar pelos direitos dessas famílias em situação de vulnerabilidade.

 

“A parte de atendimento educacional e de saúde já atuamos há mais de cinco anos na nossa rede de apoio. Eu atuo há mais de 30 anos em projetos sociais pelo direito da pessoa com deficiência mental, intelectual e autismo”.

 

E Ângela destaca as ações feitas em Rondônia, em parceria com Alzira Vogt e outras mães de autistas.

 

“Atendemos famílias do Brasil inteiro e Alzira faz parte da nossa rede de apoio há pelo menos cinco anos, estamos sempre abertas para acolher. Já acolhemos muitas famílias de Ariquemes junto com ela. Nosso lema é semear amor, acolher vidas e colher vitórias para esse público alvo muitas vezes esquecidos pela sociedade”.

 

Alzira Vogt (de Ariquemes e de óculos) é a representante da campanha em Rondônia - Foto: Arquivo Pessoal

 

Ela ainda comenta: “Os desafios de uma mãe atípica não terminam enquanto houver a desigualdade e a romantização do autismo. Toda família atípica adoece junto com seus filhos. Muitas famílias pedem socorro todos os dias. Seja na área da educação, da saúde, das políticas principalmente no cumprimento das leis que já existem, chegando a ficar em estado de exaustão e comprometimento da sua saúde mental e física”.

 

De acordo com elas, o desafio nesta campanha é poder ajudar nesta questão da vulnerabilidade alimentar. “Não ter o que comer ou dar para o filho é desumano”, resumiu Alzira.

 

A campanha Flor de Maio também quer encontrar parceiros, pois as mães eram uma rede fechada de apoio mútuo, e agora, elas querem ter novas possibilidades.

 

“Temos alguns parceiros profissionais da área da saúde, da área jurídica. Contudo, em casos pontuais. Agora, com a fundação do Instituto Inflorescência, queremos profissionalizar os atendimentos, com qualidade e o respeito que essas famílias merecem”, explica Ângela.

 

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