VIOLÊNCIA NO CENTRO: Usuários de drogas dominam o centro antigo de Porto Velho e causam pavor

A ineficiência da Assistência Social permite o crescimento da população de rua na capital

VIOLÊNCIA NO CENTRO: Usuários de drogas dominam o centro antigo de Porto Velho e causam pavor

Foto: Divulgação

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Logo cedo ao abrir a loja de variedades, o comerciante se deparou com um facho de luz do dia. A porta do fundo estava arrombada e o prejuízo era certo. Naquela madrugada, um vândalo entrou e furtou o que deu para levar. “Não adianta nem registrar ocorrência porque não ficam na cadeia”, desabafou N.G.O. A sensação de insegurança vem tomando os lojistas do centro de Porto Velho e causando a sensação de impotência diante de um problema antigo e que parece longe de solução.

 

A tão sonhada revitalização do centro da capital rondoniense vai passando de promessa em promessa num tempo sem fim. A insegurança e o crescimento da violência principalmente com furtos e arrombamentos de imóveis comerciais vem esvaziando a região que já foi a mais aquecida do comércio portovelhense. Os comerciantes tinham esperança que o lugar pudesse voltar a ter vida econômica aquecida e ter as lojas cheias como antes, mas até o momento, permanecem fora das prioridades das políticas públicas.

Enquanto isso, as ruas estão sendo tomadas por moradores em situação de rua, na maioria viciados em drogas, que se aglomeram em locais públicos. Aos fundos do teatro Banzeiros, na rua Renato Pêres Medeiros entre a rua Euclides da Cunha com a avenida Rogério Weber, é um dos locais onde a qualquer hora do dia ou noite tem moradores de rua largados nas calçadas. Lixo, mal cheio de dejetos, paredes queimadas; são marcas do descaso com essa situação humana. No momento da reportagem do Rondoniaovivo, por volta das 14h de sexta-feira (27), os moradores de rua usavam droga perto do Mercado Central e da Prefeitura.

Outros pontos do centro também vêm sendo ocupados por vândalos, desocupados e viciados. Já não tem a quem recorrer devido ao jogo de empurra sem qualquer responsabilidade. No final das contas, o prejuízo vai ficando para quem investe em negócios e não tem a devida contrapartida do poder público.   

 

“No período noturno essa região fica deserta. São muitos viciados enlouquecidos para roubar e sustentar os vícios. São muitos furtos e roubos no período da madrugada. Está horrível isso e ninguém faz nada”, desabafou ao Rondoniaovivo um morador da antiga Vila Ferroviária, na avenida Farquar.

 

Pontos de droga

 

A aglomeração de viciados no centro acontece devido a facilidade para furtos e para a compra de drogas. São vários lugares onde podem adquirir entorpecentes nos bairros: Cai N’Água, Triângulo, Mocambo, Areal e Santa Bárbara, todos na parte central. Até câmeras de segurança e fios elétricos são furtados para a venda ou troca por drogas. A situação está insustentável e a cada dia aumenta a população de rua nessa condição.

 

 

Violência com mortes

 

Não só de furtos e roubos vive essa população de rua. A violência vai além e resulta em mortes. Brigas por acertos de contas e rivalidades individuais tem resultado em ataques sangrentos, sendo que em alguns casos resultam em morte. A mais recente foi de um individuo identificado como “Nego Boy”, ocorrido na última quinta-feira (26). Mas se buscar nos registros, a soma de sangue derramado é enorme.

 

Prédios invadidos

 

Os imóveis fechados tem aumentado. Os órgãos públicos saíram da região central e os prédios ficaram largados. Alguns imóveis particulares que funcionavam empresas comerciais também estão abandonados por falta de interesse em novos alugueis. Do jeito que está, ninguém mais quer investir no centro. Esses pontos são arrombados e ocupados pelos moradores de rua, onde fora dos olhares podem fazer de tudo.

Outro exemplo desse abandono é a antiga Delegacia de Defesa da Mulher, na esquina da avenida 7 de setembro com a rua Euclides da Cunha, é um dos pontos escolhidos pelos drogaditos para se abrigar, usar drogas e esconder produtos furtados. Na última semana, o prédio foi arrombado por duas vezes. A estrutura já não tem mais portas, janelas, grades e parte elétrica porque tudo foi furtado e vendido como sucata pelos vândalos.

Sem política de assistência social

 

O Sistema Único de Assistência Social (SUAS) atua na proteção social e na redução desse tipo de danos, mas em Porto Velho, o desempenho deixa a desejar. Cabe a Secretaria Municipal de Assistência Social e Família (Semasf) oferecer suporte em diversas áreas para atender, abrigar e encaminhar para o tratamento adequado.

 

Por toda a cidade, até nos locais mais distantes do centro vem surgindo pontos de aglomeração como é o caso das adjacentes das avenidas José Amador dos Reis, na Zona Leste, e nas imediações da Jatuarana, na Zona Sul. Nessas regiões não se via esse tipo de aglomeração de moradores de rua.

 

Sem efetivação de um trabalho consistente de assistência social aliado à segurança pública será difícil garantir a aplicação de políticas públicas que garantam o abrigamento e recuperação da população de rua, e a segurança da população que depende economicamente doas regiões econômicas da cidade.

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