A última semana foi marcada por uma decisão questionável tomada pela maioria dos deputados estaduais em Rondônia, que simplesmente rejeitaram o pedido do governo do estado em injetar R$ 10 milhões para intensificar as ações de fiscalização contra queimadas e outros crimes ambientais.
O dinheiro seria aplicado na Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEDAM) e arcaria, entre outras coisas, com os custos das ações que seriam promovidas pelos fiscais responsáveis em garantir o cumprimento da legislação ambiental e evitar que Rondônia tivesse a sua biosfera tomada pela fumaça oriunda de queimadas ilegais, à exemplo do que aconteceu no ano passado.
Porém, mesmo com todo o sofrimento registrado em 2024, onde milhares de cidadãos sofreram com doenças respiratórias e até questões de cunho psicológico por conta da intensa nuvem de fumaça que permaneceu por meses, os deputados estaduais não aceitaram fortalecer a SEDAM.
Vale destacar que grande parte do parlamento estadual é composto por donos de áreas rurais e investidores do agronegócio, sendo que o afrouxamento das fiscalizações abre um leque para que os crimes ambientais ocorram livremente nas áreas de floresta e zonas rurais do Estado.
De acordo com os deputados contrários, esse não é o momento de Rondônia intensificar a fiscalização contra os crimes ambientais, uma vez que, de acordo com eles, os produtores vêm sofrendo perseguição.
Apenas os deputados Eyder Brasil (PL) e Cláudia de Jesus (PT) votaram a favor do recurso. O projeto apenas retornará à pauta de votação da ALE/RO caso treze deputados assinem a seu favor.