AO DEUS DARÁ: Distrito de Extrema (RO) sofre com falta de médicos especialistas

Na manhã de segunda (02/05) uma paciente foi até o Hospital Regional de Extrema (RO), e mais um caso de reclamação com o atendimento foi registrado. 

 

Uma jovem com cerca de 25 anos, apresentava diversos sintomas. Com febre e fortes dores, a mulher estava expelindo secreções pelos seios, e inicialmente foi atendida pelo clínico geral da Unidade Básica de Saúde de Extrema. Após realizar a avaliação médica e classificar a complexidade do caso, ela foi encaminhada para o Hospital Regional de Extrema para ser atendida por um médico ginecologista. 

 

 

Ao chegar no hospital a jovem foi informada que não haviam consultas disponíveis com o especialista de plantão e que teria que esperar pelo menos dois meses para ser atendida. Sendo assim, a mulher retornou para a UBS. Segundo relato, supostamente a diretora do hospital teria tratado o caso com indiferença. 

 

 

“Ela foi instruída a conversar com a diretora do hospital, e nessa conversa a diretora informou que ela não seria atendida, por classificar o caso como não emergencial” declarou uma amiga, próxima a paciente. “É um descaso total com a população.” concluiu.

 

Entretanto, a diretora geral da unidade Lucilene Kalki negou essa versão dos fatos. A diretora afirma que a paciente foi atendida pela médica clínica geral do plantão, que instruiu a paciente a realizar um ultrassom primeiro e que levasse para o médico do posto para avaliação. 

 

 

Em nota, a diretora também relatou uma grande deficiência no quadro de médicos especialistas do hospital. 

 

 

“Hoje estamos com uma deficiência muito grande de vagas para especialista. Principalmente ginecologista, pois as agendas estão lotadas com pacientes no pós-operatório, e pré-natal de alto risco.” declarou Kalki.

 

 

Ao retornar para a UBS, a jovem foi novamente atendida pelo clínico geral, onde foram prescritos antibióticos e requisitados exames de imagem. Mas ela segue sem o atendimento especializado. 

 

 

Em consequência desta deficiência no quadro de especialistas da unidade, cerca de 80% dos casos que necessitam de atendimento especializado são atendidos na rede pública do estado do Acre, localizado a cerca de 180 quilômetros de distância de Extrema.