Na manhã dessa quarta-feira, quando o gerente do Sistema Penitenciário apresentava à imprensa o revólver calibre 38 (Taurus), encontrado em uma área livre aos detentos dentro do presídio, um preso, acompanhado por outro agente, indicou dois esconderijos d
Na manhã dessa quarta-feira (29), quando o gerente do Sistema Penitencíário. Wildney Jorge Canto, juntamente com alguns agentes penitenciários, apresentavam à imprensa o revólver calibre 38, da marca Tauros (nº de registro 2188019), encontrado em uma área antes denominada livre aos detentos dentro do presídio José Mário Alves da Silva, o "Urso Branco", um preso, acompanhado por outro agente, indicou dois esconderijos onde estavam enterrados, no mesmo espaço, dois pacotes com tabletes de maconha.
*Com ajuda de mais dois presidiários, sendo que um deles era o que havia enterrado as mesmas, foram encontradas em buracos distintos, mas no mesmo espaço, cerca de um quilo e meio de maconha.
*O local onde antes funcionava uma fábrica de bloquetes de concreto e também onde encontravam os “apartamentos” (celas mais confortáveis) dos presos – hoje o local se encontra evacuado e em processo de reconstrução, dentro do sistema de moralização e ordem no presídio da atual direção -, serviu como esconderijo para armas e drogas ilícitas.
*Os agentes acreditam que deve haver mais revólveres enterrados no local e outras drogas.
*Conta um dos agentes penitenciários que ali, naquele local, anteriormente era promovido farras entres os presos, com direito a churrasco no fim de semana, encontros amorosos fora das horas estabelecidas e também onde eram concentrados os movimentos ilícitos em relação ao comércio de drogas dentro do presídio.
*“Aqui os presos mandavam e queriam sobrepor as diretrizes deles no presídio e passando sobre a administração. Um absurdo, é claro. Estamos moralizando, disciplinando e estabelecendo a ordem dentro do presídio Urso Branco. Aqui é uma instituição onde o preso paga o que deve à sociedade. Ele obedece regras e nós cumprimos as determinações da lei, preso não manda nada aqui, ele só tem que obedecer e cumprir sua pena”, esclareceu Wildney.
*
O REVÓLVER
*O revólver Taurus Especial, calibre 38, foi encontrado dentro de um buraco, envolto em uma camisa vermelha e coberto com um pedaço de concreto. Segundo o gerente era com essa arma que alguns presidiários ameaçavam e criavam situações críticas dentro do presídio, direcionando a culpa aos agentes e mesmo à polícia que trabalha na instituição.
*Wildney também apresentou 19 cápsulas – balas dumdum – onde já havia deflagrado duas para comprovar que funcionavam. As balas foram achadas dentro de uma sacola na cela B-11. De acordo com ele esse revólver estava enterrado naquele local há cerca de um mês.
*Para demonstrar o poder de fogo do revólver, Wildney realizou uma nova demonstração aos jornalistas, disparando um tiro em direção ao muro de concreto. Ele disse nesse momento que espera a colaboração da imprensa em divulgar a ação e a retomada da ordem dentro do presídio Urso Branco. O retor esclareceu também que não existem maus-tratos e nem espancamentos em presidiários e que as mortes e delitos ocorridos dentro do presídio, divulgados recentemente na mídia, deriva da ação dos próprios detentos, uma minoria que busca chamar a atenção da forma mais errada possível. O gerente esclareceu também que não existem maus-tratos e nem espancamentos em presidiários e que as mortes e delitos ocorridos dentro do presídio, divulgados recentemente na mídia, deriva da ação dos próprios detentos, uma minoria que busca chamar a atenção da forma mais errada possível.
*FLAGRANTE DE MACONHA
*Na saída da coletiva à imprensa próximo ao local onde foi encontrado o revólver, um agente penitenciário vinha acompanhando um detento que dizia saber de dois pontos onde estavam enterrados dois sacos com uma razoável quantidade de maconha, em tabletes.
*Com a ajuda de mais dois detentos, sob a vigilância de diversos agentes penitenciários, no primeiro local apontado, a droga foi encontrada após ser escavado meio metro de buraco, com ajuda de uma “boca-de-lobo” e uma enxada. Ela estava envolta em diversos sacos plásticos e foram contabilizados nove tabletes de maconha.
*Em outro ponto, cerca de oito metros do primeiro local, o buraco foi mais raso, e a droga estava envolta de uma camisa preta e um saco plástico. Foram achados cerca de vinte tabletes, alguns vinham etiquetados com a referência da quantidade de porções que representavam cada tablete.
*Os agentes fizeram um cálculo aproximado de que havia cerca de um quilo e meio de maconha.
*Wildney disse que esses “achados” só estão sendo possíveis porque alguns detentos estão colaborando e indicando os locais precisos onde foram enterrados os produtos.
*DISCIPLINA E ORDEM
*Wildney Jorge Canto disse à imprensa que em uma administração passada os presos negociavam e faziam pressão para dominar o presídio. “Até pouco tempo os presos tinham liberdade e negociavam aluguéis de apartamentos construídos por eles mesmos”, disse o gerente ao mostrar a área onde os presos tinham livre acesso e funcionava a fábrica de bloquetes de concreto.
*Há pouco tempo o presídio iniciou uma reforma e os agentes penitenciários encontraram drogas escondidas até nas paredes das celas.
*Os tabletes de maconha, acreditam o agentes, entravam por cima dos muros, jogados justamente naquela área, onde até pé de maconha foi encontrado em meio a plantação de batata.
“Na gestão anterior, a guarita nesse setor era desativada então as drogas entravam por cima dos muros”, disse um dos agentes que acompanhava Wildney.
*Uma outra hipótese apontada pelos agentes é que a droga tenha sido depositada na lixeira – que fica perímetro do presídio, mas fora do prédio – e recolhida pelos presos quando iam jogar o lixo.