O deputado estadual Eyder Brasil (PL) está em seu segundo mandato na Assembleia Legislativa de Rondônia. Ele participou nesta quarta-feira (16), do Programa Conexão Rondoniaovivo, com o jornalista Ivan Frazão, onde fez uma avaliação da atuação na Casa de Leis e do momento político em Rondônia e no Brasil.
Veja os principais trechos da conversa.
O senhor se elegeu pela primeira vez, apoiando o ex-presidente Bolsonaro, continua acreditando nele?
Resp: As pessoas, às vezes, acabam levando isso ao extremo, criando um movimento chamado bolsonarismo. Isso vai entrar para a história e, com certeza, teremos uma era bolsonarista. Mas o que Bolsonaro defende são princípios, valores, é conservador, é liberal na economia. Então, isso eu também concordo e vou continuar sendo. Sendo Bolsonaro candidato em 2026 ou ele estando preso, o que fica é que tivemos uma comunhão de pensamentos. Não sou favorável que ele seja preso. O cara não fez nada. O que houve foi uma narrativa criada pelo sistema para tirar os poderes políticos dele e, agora, até cercear a liberdade dele. Mas o Eyder Brasil vai continuar sendo conservador nos seus princípios e liberal na parte econômica. Ou seja, menos tributos, menos taxação. Menos Brasil e mais o povo brasileiro!
Como está o Eyder Brasil hoje?
Resp: Eu continuo sendo a mesma pessoa. E hoje, mais do que nunca! No meu primeiro mandato, eu tinha um discurso, mas no particular, eu era adultero, beberrão. Era dado a esses prazeres da carne. Hoje, pela graça de Deus, eu consigo dar testemunho daquilo que eu prego.
Qual a sua visão sobre a taxação dos produtos brasileiros pelos Estados Unidos e que vai afetar Rondônia, sendo que quem está por trás é Eduardo Bolsonaro?
Resp: Eu acho muito oportuno um movimento desse do presidente americano a cerca do cenário politico que vivemos. Eu explico. Tivemos uma reunião dos países emergentes (Brics), que estão crescendo e podem ditar a economia mundial daqui um tempo. Então, os Estados Unidos buscando continuar sendo a superpotência que são ou que já foram, resolve tomar essas atitudes, oportunizando com a bandeira do que está acontecendo no cenário político em relação ao Judiciário brasileiro perseguindo o Bolsonaro. Como tem um filho do Bolsonaro nos Estados Unidos, atrela-se isso a essa parte política. Mas eu não vejo assim. Aí, a população que vem reclamando, e com razão, dessa taxação, mas esquece a quantidade de taxação que o Governo Federal já tem colocado aos brasileiros. O que nós pagamos de tributos, sem essa taxação dos americanos, já é real, já existe hoje. Então, não podemos fechar os olhos para isso. A China fez um embargo ao nosso frango e não se fala sobre isso. Não se fala porque é uma questão política, não se pode usar dois pesos e duas medidas. Então, não podemos atrelar a taxação do Donald Trump ao Bolsonaro tendo um embargo ao nosso frango feito pela China.
E essa disputa entre o governador Marcos Rocha e o vice, Sergio Gonçalves, qual é a sua opinião?
Resp: Isso é ruim para o Estado. Causa um desgaste desnecessário. Isso acaba causando uma falta de credibilidade para a nossa economia; sobre o que será o Estado amanhã; ou quem estará no poder. Isso pode afastar investidores. Na verdade, descortinou-se o que estava nos bastidores. O que víamos até aquele momento era um relacionamento que estava bom, estava indo. Mas quando ocorreu o fato de o governador estar em Israel e o Irã atacar, e ele sem poder sair e ter que ficar mais tempo lá. Aí, a Casa Civil enviar uma PEC (Projeto de Emenda à Constituição) para alterarmos a Constituição Estadual e o vice-governador ir na Justiça contra. Então, vimos que o relacionamento não estava nada certo e que um não confiava no outro.
Como a Assembleia Legislativa tem reagido à essa crise no Executivo estadual?
Resp: Enquanto parlamento, nós temos buscado mediar esse conflito, para que os dois possam conversar, se entenderem, aparar as arestas para que o Estado possa continuar avançando. Foi noticiado muito a possibilidade de se fazer um impeachment de A ou de B. Isso não existe! Eu queria reafirmar as palavras do presidente da Assembleia Legislativa, Alex Redano, de que não nenhum projeto na casa com esse tema e nem no grupo de whatsapp dos deputados, há qualquer menção quanto a impeachment.