PROJEÇÕES PARA 2026: “Os Bolsonaros e Trump estão acabando com o projeto da extrema direita”, diz analista

“Essa briga com os Gonçalves, inviabilizou qualquer ação do Marcos Rocha”, avalia analista

PROJEÇÕES PARA 2026: “Os Bolsonaros e Trump estão acabando com o projeto da extrema direita”, diz analista

Foto: Divulgação

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O analista político Dejanir Haverroth, que comanda o Instituto Haverroth de Pesquisa e Consultoria (IHPEC), responsável por vários levantamentos eleitorais em Rondônia, conversou com o jornalista Ivan Frazão, no Programa Conexão Rondoniaovivo. Ele avaliou os possíveis cenários políticos estadual e nacional para 2026. Na conversa, afirmou que a política brasileira perdeu o equilíbrio.


“Hoje, você não precisa estar nem na extrema esquerda ou extrema direita. Basta você ter uma opinião que as pessoas já te jogam para os extremos. Quando você dá a sua opinião, quem está te ouvindo, já te coloca no extremo se você não concorda com ele. Te colocam logo como comunista ou bolsonarista. A política brasileira está nesse absurdo e todos estamos perdendo”, declarou.


Sobre como está o quadro político nacional para as próximas eleições, ele disse que a política é como as nuvens, que mudam constantemente. No entanto, o analista acredita que nesse céu há uma nuvem laranja chamada Donald Trump que está exercendo grande influência no quadro político brasileiro.


“O Trump deu um tiro no pé da direita brasileira, que estava se organizando em torno do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, com apoio do bolsonarismo. O Bolsonaro pode não chegar a lugar nenhum na política, mas o bolsonarismo ainda pesava. Acho que nesse momento, já mudou bastante. O tarifaço do Trump e a postura de estadista do Lula enfraqueceu a direita. O Lula estava com problemas, mas agora confrontando o Trump, ganhou força. O Trump ainda deu outro tiro no pé ao querer prejudicar o Pix, para que a gente use a Mastercard e o Visa. Não é o PT cresceu, mas o Lula cresceu. Uma ala progressista da política vai se fortalecer, enquanto que a extrema direita dará uma murchada”, analisou.
 

Para Dejanir a situação chegou a um ponto para a direita e extrema direita nacional que, com os últimos acontecimentos envolvendo Bolsonaro e a família, ficará muito difícil reverter esse quadro.


“A família do ex-presidente e ele deixaram a direita sem discurso. Eu não vejo uma saída para eles. A tendência é que quando se desenha um caminho, ele se fortaleça. A esquerda deu um gráfico ascendente e a direita descendente, a tendência é que isso se fortifique. Não vejo como a extrema direita consiga mudar esse quando. O ex-presidente Jair Bolsonaro, o filho dele Eduardo e o Trump estão acabando com o projeto da extrema direita no Brasil”, disse.


Lula



A falta de quadros dentro do PT para substituir o Lula, foi outro ponto abordado por Dejanir. Para ele, o presidente brasileiro aos 79 anos, concorrer em mais uma eleição, é algo que precisa ser levado em conta. Porém, observou, não existe atualmente, um político brasileiro com a bagagem política de Lula.



“O Lula é um ícone e a história vai contar isso. Tem gente que critica, mas ele é um ponto de equilíbrio da geopolítica internacional. Está no Brics, no Mercosul e está com um discurso de paz enquanto os outros estão guerreando. A pessoa pode não gostar dele, mas tem que admitir isso. Ele é maior que o próprio partido. O PT até tentou criar substituto, como o Haddad, por exemplo. Mas se o Lula faltar até as eleições, repor isso, será difícil. Um bom nome para substituir o Lula na minha opinião, seria o ministro Flávio Dino, se viesse para o PT”, analisou.


Governo de RO

 

 

Perguntado sobre a eleição para Governo de Rondônia em 2026, Dejanir afirma que o quadro está se definindo com muitas conversas de bastidores. Ele lembrou que o fato de o governador Marcos Rocha não poder concorrer à reeleição é mais um motivo para o acirramento dessa disputa.


“Hoje temos vários grupos políticos do Estado de olho nesse cargo, mas está em aberto. A capital tem 30% de votos do Estado e temos os grupos do Léo Moraes, Hildon Chaves e do Marcos Rocha tentando fazer um sucessor. Mas esse do governador está complicado, essa briga dele com os Gonçalves, inviabilizou qualquer ação do Marcos Rocha. Se ele renunciar para sair candidato terá problema; se ele ficar no governo, as pessoas que ele quer que saiam candidatos (esposa e irmão) terão problemas. Está numa encruzilhada! No interior, um nome forte é do prefeito de Cacoal, Adailton Fúria, que se tiver uma base forte na capital, tem chances de ser governador. Temos também, o Fernando Máximo que está bem posicionado para o Governo do Estado, mas ele tem a possibilidade de sair para o Senado. Mas isso é uma incógnita. Já Marcos Rogério seria outro nome, mas ele perdeu muito capital político ao focar no discurso bolsonarista e em ações para aparecer na mídia nacional e esqueceu a base. Perdeu o discurso!”, avaliou.


Quanto aos ex-governadores de Rondônia que seriam nomes fortes em uma eleição para o Executivo, Dejanir citou dois nomes. Um é Ivo Cassol e o outro Confúcio Moura. No entanto, ele analisa que o primeiro está juridicamente inviável.



“Cassol ganharia esse governo sem dificuldades, mas ele tem problemas difíceis de resolver. O outro é o Confúcio Moura, que se continuar essa confusão na direita, ele tem chance de disputar e ir para o segundo turno”, finalizou.

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