SEM PLANOS: Deputados convocam secretário para explicar a crise na saúde pública

Parlamentares apresentaram severas criticas à gestão da saúde do governo estadual e a falta de soluções

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Foto: Divulgação

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O secretário Estado da Saúde, Jeferson Rocha, teve que prestar esclarecimentos para os deputados estaduais sobre a grave situação da saúde pública no estado. A Comissão Geral de Saúde da Assembleia Legislativa de Rondônia convocou Rocha para falar da demora para a construção do novo Heuro, para explicar os motivos das longas filas para exames essenciais e outras decadências. As justificativas apresentadas pelo secretário não convenceu os deputados e a reunião ficou tensa com pronunciamentos fortes e afirmações preocupantes sobre a decadência da saúde gerida pelo governo estadual.
 
A reunião foi na última terça-feira (9), e os deputados estavam irritados com as vagas justificativas e o crescimento das reclamações por parte de pacientes que utilizam as unidades de saúde pública pertencentes ao governo. Além de calorosos debates, os deputados fizeram cobranças incisivas e levaram relatos sobre as condições precárias da saúde e dos atendimentos para a população.
 
 
Nada do Heuro
 
Um dos temas que gerou amplo debate foi a demora do governo de Marcos Rocha em dar solução para a construção do Hospital de Urgência e Emergência de Rondônia (Heuro). Durante os dois mandatos, o governador e a sua equipe sempre renovaram a promessa de construção de uma grande unidade de saúde na Capital, o que não se concretizou e nem tem sinais de solução.
 
Os deputados lembraram que a cada crise, o governo estadual sempre anunciou que iniciaria a obra, no entanto, nada foi feito e os recursos anunciados para a obra não se sabe se ainda existem ou se foram encaminhados para outros destinos.
 
 
João Paulo não suporta mais
 
As condições precárias do Pronto Socorro João Paulo II também ganharam destaque nas discussões. Os deputados relataram condições criticas daquela unidade de saúde, e ressaltaram que houve piora com a gestão do atual secretário Jeferson Rocha. Os deputados lembraram que JP já não oferece mais condições estruturais para a demanda crescente e que a Sesau não tem demonstrado alternativa imediata para resolver.
 
Os deputados relataram problemas como superlotação constante no Pronto Socorro João Paulo II, a falta de leitos, a escassez de profissionais e as condições estruturais precárias, o que compromete a qualidade do atendimento. 
 
Os parlamentares destacaram que a unidade, que deveria ser referência em casos de urgência e emergência, tem operado acima da capacidade e sem a estrutura necessária para atender a demanda crescente.
 
“O João Paulo II está no limite. Pacientes em macas nos corredores, falta de medicamentos e demora para atendimentos básicos. Precisamos de uma resposta imediata da Sesau”, cobrou um dos deputados presentes.
 
 
Demora nos exames clínicos 
 
Também entrou na pauta de discussões a demora para a realização de exames de alta complexidade, causando prejuízos aos pacientes que sofrem meses na espera de um exame que poderia ser feito de imediato. Os deputados citaram que a falta de diagnósticos também interfere no tratamento, pois os profissionais de saúde ficam sem informações precisam para os protocolos e decisões clinicas. 
 
Entre os pronunciamentos, a fala da deputada estadual Dra. Taíssa (Podemos) levantou um dos pontos mais sensíveis da reunião: a demora na realização de exames de ressonância magnética. Segundo a parlamentar, mais de 11 mil pacientes aguardam na fila para conseguir o procedimento, número considerado alarmante. 
 
“Não podemos admitir que milhares de pessoas fiquem à mercê da própria sorte. São pacientes que precisam de um diagnóstico rápido para iniciar o tratamento e muitas vezes acabam agravando o quadro clínico por falta de acesso. Isso é desumano”, afirmou a deputada. 
 
 
Respostas vagas
 
Mesmo com grande pressão dos deputados, o secretário da Saúde Jeferson Rocha não levou respostas que pudessem dar esperança de soluções. Ele reconheceu a gravidade da situação e detalhou o cenário atual como insuficiente. A terceirização de serviços foi a alternativa paliativa encontrada pela equipe do governo, mesmo assim, não deu resposta ao tamanho da demanda.
 
De acordo com o secretário, Rondônia conta com cinco redes credenciadas para a realização do exame, mas a oferta ainda é insuficiente. Atualmente, são disponibilizadas apenas 15 vagas por dia, sendo que somente uma das unidades credenciadas opera 24 horas com atendimento exclusivo pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 
 
Pelas respostas de Jeferson Rocha, o governo está interessado em comprar mais serviços do que resolver o problema com soluções próprias. “Sabemos que a fila é grande e estamos buscando alternativas. Estamos estudando a ampliação de credenciamentos, a aquisição de novos equipamentos e o aumento da capacidade instalada para reduzir esse gargalo”, declarou o secretário.
 
Quanto às demais criticas e problema citados, o secretário também não deu esclarecimentos contundentes que pudessem gerar esperança para uma saúde melhor. As lacunas nas respostas e o vazio nas explicações causaram irritações nos deputados que esperam maior seriedade na gestão da saúde do governo de Rondônia. 
 
 
Fiscalização mais intensa
 
Diante da visível falta de controle e sem planejamento para o setor, a Comissão Geral de Saúde da Assembleia Legislativa anunciou que continuará acompanhando de forma rigorosa as ações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e que ampliará as fiscalizações em busca de soluções. 
 
“Não vamos permitir que a população continue sofrendo. Vamos cobrar soluções, exigir transparência e acompanhar cada passo do governo na gestão da saúde pública”, afirmou a deputada Dra. Taíssa.
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