TURISMO EM RO: Historiador destaca potencial do Cone Sul e Zona da Mata e cobra investimentos

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Foto: assessoria

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O historiador e jornalista Júlio Olivar concedeu entrevista exclusiva ao Rondônia ao Vivo, na qual destacou o imenso potencial turístico do Cone Sul e da Zona da Mata de Rondônia. Segundo ele, apesar da riqueza natural, histórica e cultural da região, o turismo local ainda enfrenta desafios estruturais que impedem sua plena expansão.
 
“O Cone Sul tem um potencial imenso, por conta do rio Guaporé, que é uma fronteira natural entre Brasil e Bolívia. Só isso já é muita coisa. Se for bem divulgado, pode atrair muito mais visitantes”, afirmou Olivar. Ele ressaltou que a pesca esportiva é hoje o principal vetor turístico do estado, atraindo cerca de 5 mil pessoas por ano, especialmente para cidades como Vilhena, Pimenteiras, Cabixi e Porto Rolim.
 
Entretanto, Olivar alerta que o turismo na região ainda é caro e pouco acessível, principalmente devido à escassez de voos. “São poucos voos para Vilhena, Cacoal e Ji-Paraná, que são os pontos de entrada para o Guaporé. Com mais conexões aéreas, poderíamos atrair o público das classes A e B, que é quem pratica esse tipo de turismo de aventura.”
 
 
Mesmo com os obstáculos logísticos, Vilhena já está entre os cinco principais destinos de pesca esportiva do Brasil. A região conta com infraestrutura básica, como barcos-hotéis e guias especializados. A diversidade de peixes é ampla, o que atrai até turistas internacionais.
Além da pesca, Olivar propõe ampliar o leque de atrações turísticas, explorando o ecoturismo, a cultura e a história local. “O Parque Estadual Corumbiara, por exemplo, é um dos poucos lugares do país com três biomas: Pantanal, Amazônia e Cerrado. Isso é um atrativo gigantesco que precisa ser melhor explorado”, explicou.
 
Olivar também citou o “capim-dourado”, típico do Tocantins, que foi descoberto no Parque Corumbiara e em áreas indígenas da região, podendo impulsionar o artesanato local. Outro ponto mencionado foi a exclusão de povos indígenas e comunidades quilombolas do roteiro turístico. “São heranças culturais riquíssimas, com mais de três mil anos, que deveriam ser inseridas nas políticas públicas de turismo”, observou.
 
Entre os atrativos culturais com potencial, ele destacou a centenária Festa do Divino, celebrada entre comunidades brasileiras e bolivianas, e os sítios arqueológicos da região de Alta Floresta, que alimentam teses sobre uma possível presença inca em Rondônia.
 
O historiador criticou a forma como a Casa de Rondon, em Vilhena, é tratada. “É um espaço de valor histórico incalculável, mas está subutilizado. Poderia ser nosso ícone turístico, como a Torre Eiffel é para Paris ou o Cristo Redentor para o Rio. Precisa de eventos culturais, saraus, exposições, não só visitas escolares.”
 
 
A entrevista de Olivar reforça que o Cone Sul e a Zona da Mata de Rondônia têm condições de se tornarem polos turísticos de referência nacional e internacional. No entanto, para isso, é necessário investir em infraestrutura, divulgação, preservação ambiental e valorização cultural.
 
“A atividade principal do turismo é promover cultura e movimentar a economia. Rondônia tem tudo para isso, só precisa transformar o potencial em ação”, concluiu Júlio Olivar.
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